Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Morre Boris Fausto, historiador e cientista político, aos 92 anos

Escritor e acadêmico especializado em temas como os governos de Getúlio Vargas faleceu em São Paulo

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 abr 2023, 19h28 - Publicado em 18 abr 2023, 18h23

O escritor, historiador e cientista político Boris Fausto morreu nesta terça-feira, 18, aos 92 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela Fundação FHC. Fausto também era advogado e professor. Ele deixa dois filhos, o antropólogo Carlos Fausto e o cientista político Sergio Fausto, diretor-geral na Fundação FHC, e quatro netos.

Boris Fausto escreveu A Revolução de 1930 – Historiografia e História, livro publicado em 1970 e considerado um dos maiores clássicos da ciência política e social do Brasil. Na obra, o autor contesta a defesa de São Paulo durante a Revolução de 1930 e na Revolução Constitucionalista de 1932.

O escritor nasceu em São Paulo em 8 de dezembro de 1930, se tornou bacharel em direito em 1953 pela Universidade de São Paulo, e em 1966 se formou em história, também pela USP, onde conquistou doutorado no tema três anos depois. Foi professor no departamento de ciência política da universidade, integrou a Academia Brasileira de Ciências e foi colunista semanal do jornal Folha de S. Paulo.

Com o tempo, Fausto foi convertido a autor pop ao escrever livros sobre crimes reais famosos, como o “crime da mala”, caso em que o imigrante italiano Giuseppe Pistone assassinou sua esposa, Maria Féa, no bairro da Luz, em São Paulo, e ocultou seu corpo em uma mala. Em livros como O Crime do Restaurante Chinês (2009) e O Crime da Galeria de Cristal (2019) – que abriga o caso de Pistone –, Fausto explora as possibilidades do que os franceses chamam de faits divers — os “fatos diversos”, pequenos acontecimentos que ganham interesse ao se revestir de excepcionalidade, como os assassinatos rumorosos e grandes desastres. Com essa bagagem, ele se tornou um dos percursores do true crime – quando ainda nem existia tal termo e tamanha popularidade – no Brasil.

Em uma de suas entrevistas a VEJA, o historiador defendia a importância da abordagem de tragédias cotidianas na literatura. “O estudo do crime vai ao encontro de um movimento de valorização, na historiografia contemporânea, de novos temas capazes de iluminar o cotidiano e a vida privada de uma época. A partir de um evento microscópico como um crime, podemos compreender melhor o passado no âmbito macro”, declarara ele em 2019.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.