Há cinco anos no ar, o MasterChef brasileiro luta, como todo reality, para se renovar a cada edição, mas sem perder a essência do que faz o programa originalmente um sucesso. Após uma edição apagada, em março, que foi erroneamente posicionada aos domingos e amargou uma audiência pífia, o programa da Band voltou neste dia 15 ao seu horário tradicional, na faixa das 22h45 às terças-feiras, e com uma interessante novidade. Chamado de MasterChef: a Revanche, a atração resgatou vinte participantes de seis temporadas amadoras anteriores. Logo de cara, dez já foram eliminados em duelos repletos de elementos que o povo gosta: competitividade, soberba e uma pitadinha rara de cooperação entre cozinheiros, enquanto preparam pratos pedidos pelos jurados.
O caminho para reconquistar o público, porém, ainda é longo. Depois de alcançar picos de 10 pontos no Ibope em edições anteriores, desde 2018, o programa caiu — amargando 2,7 pontos no fatídico domingo. A estreia de A Revanche conseguiu uma leve melhora, com 3 pontos de média, 4 pontos de pico, ocupando o quarto lugar no horário, atrás das líderes Globo, SBT e Record.
Entre as armas secretas para melhorar os números está a volta de participantes conhecidos de outrora. O público já demonstra empatia prévia por alguns nomes, que se destacaram nas redes sociais — apesar da falta de participantes queridos, como Jiang Pu, ou polêmicos, caso de Caroline Martins.
Raquel Novais, da terceira temporada, e o caçula de 19 anos, Helton Oliveira da sexta e última temporada, despontam como favoritos dos espectadores nas redes sociais — não só pelos dotes culinários, mas também por suas personalidades que funcionam bem na televisão. Raquel escolheu Helton como seu adversário, porque, segundo ela, a “inexperiência” do jovem poderia contar a seu favor, pois ele não teve o “mesmo tempo para estudar e se preparar” quanto ela.
Helton escolheu a categoria clássica, que trouxe como prova o preparo do famoso ratatouille, iguaria tradicional da cozinha francesa à base de legumes. O jovem afirmou que só havia visto o prato no filme homônimo da Disney. Raquel, para disfarçar a empáfia, ensinou, por cima, a Helton a receita. Era evidente o nervosismo do garoto duelando com a veterana, e a felicidade estampada no rosto de Raquel com a iminente vitória. Porém, o novinho superou a veterana.
Helton entendeu o que era pedido: reproduzir o clássico Ratatouille, já Raquel quis colocar sua personalidade no prato o que não agradou o trio de jurados. Helton acertou no ponto dos legumes e venceu o duelo e perdeu a fama do garoto que seria “massacrado” pelos competidores.
Os ácidos jurados, porém, começaram a nova fase mais contidos. Erick Jacquin ficou apagado; Henrique Fogaça atirou criticas (em alguns casos só pela arte de criticar, sem oferecer bons argumentos); e Paola Carosella sobressaiu como a professora do episódio. Tomara que as opiniões do trio esquentem nas próximas semanas.