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Mais de 20.000 pessoas já assistiram ao Fuerza Bruta no Rock in Rio

Público elogia o espetáculo da companhia argentina, mesmo com jatos de água sobre a plateia

Por Jana Sampaio, do Rio de Janeiro
3 out 2019, 21h57

Uma das novidades do Rock in Rio tem levado o público para o lado oposto ao das principais atrações, os palcos Sunset e Mundo. Dentro de uma arena, que outrora abrigou os torneios de esgrima e taekwondo na Olimpíada de 2016, o espetáculo da companhia argentina Fuerza Bruta, que mistura dança, música, acrobacias, jogos de luzes e inteirações, atraiu mais de 20 000 pessoas só no primeiro fim de semana.

Uma vez dentro da arena, o público é imerso em uma miscelânea de sons, composta por instrumentos de percussão, tambores, alfaias, caixa, bumbo, surdo e, claro, a tradicional murga argentina.

A produção, desenvolvida para o festival, tem como ponto alto o momento em que uma bailarina, suspensa por fios de aço, sobrevoa a plateia enquanto músicos do Afroreggae tocam percussão.

Instantes depois, um grupo com cinco atores faz performances aéreas enquanto jatos de água formam uma espécie de cachoeira sobre a plateia que, mesmo encharcada, vibra com a surpresa e com a referência à chuva que marcou a primeira edição do festival, em 1985.

Para a recifense Anne Nunes, de 32 anos, o momento foi mágico. “Foi uma das partes do show que mais gostei. Estava tão extasiada que nem me importei de ter ficado molhada”, disse.

Antes do encerramento, um globo inflável exibe trechos das apresentações da banda britânica Queen e dos brasileiros do Paralamas do Sucesso, na primeira edição. É quando a plateia, que percorre a arena para acompanhar o espetáculo em 360 graus, canta com mais entusiasmo.

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Entre atores e bailarinos do grupo, percussionistas do Afroreagge e cantores convidados, vinte artistas integram o elenco da produção.

Um deles é o rapper Miatã, de 22 anos, que participou de um processo seletivo com outros dez MCs cariocas. “É uma experiência diferente de tudo que já fiz porque além de cantar preciso interagir com o público enquanto estou suspenso por cabos de aço”, explicou ele, que traduziu e adaptou a música escrita para o espetáculo.

Ao todo, são realizadas cinco sessões diárias de 30 minutos cada, com capacidade para até 3 000 pessoas, sempre às 15h30, 17h, 18h30, 20h e 21h30.

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