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Luan Santana: “Vou me casar, enfim”

O cantor, de 28 anos, conta por que abraçou o romantismo, explica a rima de Adão com filé-mignon e anuncia: em breve, não será mais um bom moço solteirão

Por Sérgio Martins Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h51 - Publicado em 6 set 2019, 06h30
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  • Você é o único dos jovens cantores sertanejos que prefere falar de amor a falar de balada. Por quê? Sou mais romântico que baladeiro. Até frequentei uma ou outra balada, mas prefiro ficar na minha. As pessoas entendem muito nossa verdade, elas absorvem o que você está cantando e se isso combina com você. Meu público sabe que sou um cara que sempre falou e sempre vai falar de amor. Por mim, esqueceria a parte mais comercial do meu trabalho e só faria canções de amor.

    Além do seu caso, o sucesso de artistas como Anavitória e Melim atesta que o romantismo está em alta. As canções sobre farra e bebedeira estão no fim? O público tem dado mostras de estar cansado desse estilo de coisa. Também, é tudo muito parecido: o papo, os arranjos, as vozes. Estamos nos aproximando de um momento importante no mercado sertanejo. Daqui a pouco, passaremos por um filtro e só vai sobrar quem for artista de verdade.

    Suas canções falam tanto de amor. E seu coração, como vai? Vou me casar, enfim. Faz doze anos que estou enrolando a Jade Magalhães, minha namorada. Quer dizer, doze anos entre idas e vindas: a gente namorou, ficou um tempo separado, voltou, separou de novo. Mas chegou a hora. Poxa, todo mundo só fala nesse casamento.

    No campo musical, você terminou o casamento com o produtor Dudu Borges e agora está com novos parceiros. Como analisa a experiência anterior e a atual? Dudu Borges foi o produtor que me fez passar de cantor teen para um intérprete romântico. Foi o sujeito que trouxe um novo oxigênio a minha carreira. Viva, meu disco mais recente, produzido pelo Lucas Santos e pelo Gabriel Lolli, foi uma experiência diferente. Sabe o filme do Queen, no qual os caras ficam respirando o projeto, gravando somente quando se sentem inspirados? Pois a gente se permitiu trabalhar dessa maneira. Eles também me deram uma pegada mais eletrônica, tipo Justin Bieber.

    Você tem alguns dos piores versos da música brasileira: rima Adão com filé-mignon e canta “juntos e shallow now”. Letras ruins são seu fetiche? Olha, essa do Adão é parceria minha com o Douglas Cezar. Tudo bem, eu admito o erro. Mas “juntos e shallow now” foi uma loucura. Falei com a Paula Fernandes, que é autora da versão, e até comentei que estava soando meio estranho. Mas ela disse que a Lady Gaga já tinha autorizado o cover da música dela. Deu no que deu.

    Publicado em VEJA de 11 de setembro de 2019, edição nº 2651

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