Em sua passagem anterior pelo Brasil, em 2014, no Lollapalooza, Lorde estava no auge de seus 17 anos e nadava no sucesso de seu primeiro disco, o elogiado Pure Heroine, de 2012. Apesar do talento fácil de ser percebido, a garota ainda mostrava que havia um longo caminho a percorrer no quesito qualidade de show. Na época, subiu ao palco do festival com coreografias sem pé nem cabeça, que se arrastaram por uma hora num espaço secundário do evento. Quatro anos e um álbum depois (Melodrama) a cantora, agora com 22 anos, mostrou que fez a lição de casa: amadureceu sua performance e apresentou técnica e domínio de palco no Popload Festival na quinta-feira, 15, em São Paulo. O resultado, claro, foi a alegria quase histérica do público de millennials, que entre um post e outro nas redes sociais, vestidos ao melhor estilo boho, apreciaram a boa música da jovem estrela do pop.
Dessa vez, Lorde deixou coreografias mais complexas para bailarinos profissionais, que abriram o show ao som das primeiras notas de Sober. Tão afinada quanto nos discos, a cantora alternou canções de seu primeiro trabalho, como Tennis Court, Royals, Ribs, 400 Lux, Supercut e Team; e de seu mais recente trabalho, caso de Homemade Dynamite, Hard Feelings/ Loveless, The Louvre, Writer in the Dark, The Louvre, Supercut e Perfect Places.
O público recebeu com entusiasmo cada uma das canções, e vibrou com meia dúzia de palavras que neozelandesa ensaiou em português. Vestida de vermelho da cabeça aos pés, a cantora reclamou diversas vezes durante a noite do calor na capital paulista, até, enfim, tirar a blusa para a música final, Green Light, que abre seu último disco.
O festival, que aconteceu no Memorial da América Latina, contou também com MGMT, Death Cab For Cutie e At the Drive-In e os brasileiros Letrux, Mallu Magalhães e Tim Bernardes.