Leonardo Paixão é eleito o chef do ano de Belo Horizonte
O ex-médico agora se divide entre a cozinha do Glouton e a do Nicolau Bar da Esquina

Eleito o chef do ano pela terceira vez, Leonardo Paixão tem vivido um corre-corre dos grandes nos últimos meses, desde que passou a se dividir entre o premiadíssimo Glouton e seu projeto mais novo, o Nicolau Bar da Esquina — aberto em abril, o gastrobrar ganhou o nome do buldogue francês do cozinheiro que morreu um mês após a inauguração. Paixão se incumbiu de cada detalhe da casa estreante, desde a escolha dos funis para gasolina que viraram luminárias até, é claro, o cardápio, recheado de petiscos com toques mineiros. E, no meio disso tudo, encontrou tempo para lançar um programa de aprendizado em gastronomia, a Academia do Voo, que oferece seis meses de treinamento a oito alunos por turma. Metade das aulas é ministrada na cozinha do Glouton e, a outra parte, na do Nicolau. “Está na hora de ensinar um pouco do que aprendi”, diz o ex-médico, formado em gastronomia em Paris, na prestigiosa École Supérieure de Cuisine. Mais uma mudança perceptível na vida do chef, de 37 anos, é a sua preocupação cada vez maior com a sustentabilidade. Prova disso é a decisão de não comer carne três vezes por semana e de incluir pratos vegetarianos no menu do Glouton, que se somam a um vegano. “Antes, achava todo vegetariano um chato e ponto-final. Hoje entendo a importância de reduzir o consumo de carne”, comenta ele, que reaproveita ao máximo o que sobra em suas cozinhas. Por exemplo: as cascas de camarão que não têm utilidade alguma no Glouton agora são transformadas no pó que dá sabor aos pastéis do Nicolau. E assim, entre uma cozinha e outra, com criatividade, técnica e declarado amor às coisas da roça, Paixão mantém-se no time dos melhores cozinheiros do país.
2º lugar: Ivo Faria (Vecchio Sogno)
3º lugar: Caetano Sobrinho (Caê)
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