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Lendário produtor Quincy Jones elogia Gil e Caetano: ‘Reis’

Americano afirmou que visita as favelas anualmente e que os brasileiros que vivem nesses lugares levam ‘uma vida difícil’

Por Da redação
Atualizado em 7 fev 2018, 17h50 - Publicado em 7 fev 2018, 16h51

Quincy Jones não segurou a língua em entrevista ao site Vulture, da revista New York. O lendário produtor musical de 84 anos não poupou nem os Beatles nem Michael Jackson, com quem trabalhou em três discos – entre eles, Thriller (1982), até hoje o álbum mais vendido da história. Mas também elogiou Gilberto Gil e Caetano Veloso – e ainda revelou que chegou a sair com Ivanka Trump, filha do presidente americano, Donald Trump.

O americano contou que o ator Marlon Brando costumava sair para dançar o chá-chá-chá com ele. “Ele era o cara mais charmoso que existia. Ele transava com qualquer coisa. Qualquer coisa! Ele transava com uma caixa de correio. (O escritor) James Baldwin. (O ator) Richard Pryor. (O cantor) Marvin Gaye”, disse. Questionado pelo repórter se o ator realmente teve relações com essas pessoas, Jones respondeu: “Vamos lá, cara. Ele não estava nem aí para nada! Você gosta de música brasileira?”.

O repórter respondeu que não conhece muito mais além de Jorge Benjor e Gilberto Gil. “Gilberto Gil e Caetano Veloso são reis! Você sabe, eu visito as favelas todos os anos. Esses coitados têm uma vida difícil. Eles são fortes, contudo. Você acha que a m* aqui nos Estados Unidos é ruim? É pior lá”, respondeu o produtor.

Ivanka Trump

Jones afirmou que costumava passar tempo com Donald Trump. “Ele é um louco. Limitado mentalmente – um megalomaníaco, narcisista. Eu não o suporto. Eu costumava sair com a Ivanka, sabe. (…) Doze anos atrás. Tommy Hilfiger, que estava trabalhando com a minha filha Kidada, disse: ‘Ivanka quer jantar com você’. Eu disse: ‘Sem problemas. Ela é bonita’. Ela tinha as pernas mais bonitas que eu vi na vida. Pai errado, porém”.

Michael Jackson

Sobre Michael Jackson, Jones afirmou que ele copiava músicas. “Eu odeio deixar isso público, mas Michael roubou um monte de coisa. Ele roubou muitas músicas”, disse, citando em seguida State of Independence, de Donna Summer, e Billie Jean, de Jackson – as duas canções possuem um riff muito semelhante. “Ele era tão maquiavélico quanto possível.”

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Em seguida, Jones afirmou que o cantor, que morreu em 2009, era ganancioso e que se recusou a dar 10% dos lucros da canção Don’t Stop ‘Til You Get Enough ao tecladista Greg Phillinganes por sua colaboração na faixa. “Ele deveria ter dado a ele 10%. Recusou-se a fazer isso.”

O produtor também comentou o suposto procedimento de clareamento de pele e cirurgias plásticas pelas quais o cantor passou. “Eu costumava criticá-lo pela cirurgia plástica. Ele sempre justificava dizendo que era por causa de uma doença que ele tinha. Mentira. (…) Ele tinha questões com a aparência porque o pai dele dizia que ele era feio e abusava dele.”

Beatles e rock

Jones ainda criticou o rock, que ele classifica como “nada além de uma versão de brancos do R&B”, e os Beatles. “Eles eram os piores músicos do mundo. (…) Paul McCartney era o pior baixista que eu já ouvi. E Ringo Starr? Nem me fale”, disse.

O americano também afirmou que o U2 não está fazendo mais um bom trabalho (“há muita pressão sobre a banda”), mas elogiou outros nomes da música atual, como Bruno Mars, Chance the Rapper, Kendrick Lamar, Ed Sheeran, Mark Ronson e Sam Smith. “Ele é tão aberto sobre o fato de ser gay. Eu amo isso.”

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