Kevin Spacey é indiciado por agressão sexual após investigação de 5 anos
Três homens da Inglaterra acusam o ator de Hollywood de abuso sexual e estupro
Após cinco anos de investigações da polícia britânica, Kevin Spacey foi indiciado com quatro acusações de agressão sexual contra três homens no Reino Unido. O ator de 62 anos teria cometido os crimes entre 2005 e 2013 em Londres e Gloucestershire, conforme anunciou a Procuradoria Britânica nesta quinta-feira, 26. “Ele também foi acusado de fazer uma pessoa se envolver em atividade sexual com penetração sem consentimento. As acusações seguem uma revisão das evidências reunidas pela Polícia Metropolitana em sua investigação”, afirmou Rosemary Ainslie, chefe da Divisão de Crimes Especiais à revista Variety. A agente também informou que o artista terá direito a um julgamento justo.
De acordo com as autoridades, um homem com cerca de 40 anos afirmou ter sido agredido sexualmente por Spacey duas vezes em março de 2005. Outro homem, de aproximadamente 30 anos, declarou que o crime contra ele ocorrera em agosto de 2008. Ambas situações teriam acontecido em Londres. Já a vítima de Gloucestershire, também na faixa de 30 anos, contou que o abuso sexual contra ele fora em abril de 2013. Os primeiros relatos de abuso sexual que teriam sido cometidos por Spacey surgiram em 2017, quando o ator Anthony Rapp alegou ter sido molestado por ele 1986. Na época da suposta agressão, Rapp tinha apenas 14 anos.
Vencedor de um Globo de Ouro por seu papel em House of Cards, o americano foi afastado da série da Netflix e também cortado do filme Todo o Dinheiro do Mundo, de Ridley Scoot, sendo substituido por Christopher Plummer. Em 2017, em meio ao escândalo, Kevin Spacey voltou a atuar em L’uomo che disegnò Diò (O Homem que Desenhou Deus, em tradução livre), do diretor Franco Nero. Ironicamente, o papel era de um detetive que investiga uma falsa acusação de pedofilia contra um artista cego.
Mais de 20 denúncias de homens foram feitas contra o ator, sob acusações de assédio sexual no período entre 1995 e 2013. Durante este tempo, muitas das supostas vítimas seriam menores de idade na época dos abusos.