Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Irmão de Michael Jackson: “Ele era só um cara e virou um gênio da música”

Aos 67 anos, Tito Jackson relembra a convivência com o astro e liga a fama do Jackson 5 — que agora relança seus trabalhos — à luta pela defesa dos negros

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 4 jun 2024, 14h06 - Publicado em 16 abr 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O grupo Jackson 5 marcou época não só por suas canções felizes, mas também pelas coreografias elaboradas. Ainda se lembra delas? Não há como esquecer. É o tipo de coisa que levo comigo para sempre. Eu não era um dos dançarinos principais, era mais um músico no grupo, com meus irmãos Jermaine e Randy. Os dançarinos eram Michael, Marlon e Jackie. Mas aprendíamos os passos e, de vez em quando, dançávamos com eles.

    Seu irmão Michael eternizou os passos de dança do moonwalk. Era algo que ensaiavam juntos? O moonwalk era um passo que fazíamos quando crianças brincando na calçada. Nunca imaginamos que Michael o faria com tanta habilidade no palco e que se tornaria o que virou.

    Michael foi um artista genial, mas controverso até depois da morte, em 2009. Como enxerga o legado de seu irmão? Sempre soube que Michael era um dos artistas mais talentosos do mundo, mesmo quando ele era criança. Eu ficava imaginando até onde chegaria. E ele foi muito além. Michael era só um cara, que era também meu irmão, e se tornou um gênio da música e do entretenimento. Ele sabia como prender os olhares.

    Os três últimos discos do The Jacksons — nome do grupo após os anos 80 — ganham agora em abril um relançamento digital expandido. Como foi revisitar essas memórias? Foi ótimo, pois são músicas eternas e atemporais, especialmente Can You Feel It, que ganhou uma versão remixada. Essa canção de 1980 fala com o mundo de hoje. Traz uma mensagem de esperança e união de que todos precisamos.

    O novo remix do hit traz trechos do famoso discurso de Martin Luther King em que ele diz que tem um sonho no qual brancos e negros serão tratados como iguais. No meio, surge o discurso da vitória de Barack Obama quando reeleito à Presidência. Por que essa escolha? Porque a mensagem da música é a mesma dita em ambos os discursos. Obama prega o que doutor King dizia: liberdade, direitos civis e oportunidades igualitárias. A mesma razão pela qual as pessoas protestam hoje no Black Lives Matter. Can You Feel It basicamente fala que nós somos todos iguais, e essa é a chave que precisamos virar em nossa mente enquanto sociedade.

    Continua após a publicidade

    Enxerga hoje uma relação entre o Jackson 5 e o movimento pelos direitos civis dos negros que eclodiu nos Estados Unidos nos anos 60? Quando o Jackson 5 surgiu, não existiam muitos artistas negros em evidência, especialmente com a nossa idade. Michael, por exemplo, tinha 8 anos, e eu, que era um dos mais velhos, tinha 13. Era a primeira vez que crianças negras entravam na casa de americanos brancos nos Estados Unidos falando de amor, paz e felicidade. Em determinado momento, crianças brancas e negras tinham algo em comum: ambas ouviam as músicas do nosso grupo. Elas tinham, finalmente, um assunto para conversar. E isso foi uma mudança radical.

    Publicado em VEJA de 21 de abril de 2021, edição nº 2734

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.