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Gloria Groove, uma drag queen no mundo do rap

Artista nascida na periferia de São Paulo grava música ao lado de Anitta

Por João Batista Jr. Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jul 2018, 20h11 - Publicado em 2 jul 2018, 20h07

O rap tem entre seus inúmeros méritos criar letras que dissecam a rotina da periferia – e como ela pode massacrar alguns e elevar outros a condição de heróis. Ou heroínas. Nascido Daniel Garcia na Zona Leste de São Paulo, o antigo cantor mirim se consolida no mercado musical como Gloria Groove -a primeira drag queen a percorrer com sucesso gênero conhecido pelo domínio masculino. “Eu sempre amei rap e hip hop, gêneros sempre associados aos machos. Mas os tempos mudaram”, avalia Gloria, de 23 anos.

No último ano, a arte drag ganhou projeção com o reality show RuPaul’s Drag Race. “A Ru mudou o limite de onde nós podemos chegar”, diz. Depois da drag americana, claro, vieram muitas outras – no Brasil, há o fenômeno Pabllo Vittar. Nenhuma, no entanto, sobe no palco para cantar rap.

Gloria foi criada em uma família de artistas – a mãe era backing vocal do grupo Raça Negra. Ainda na infância, o garoto fez propaganda para salgadinhos e integrou o time de jovens talentos do Programa Raul Gil. Participou também da montagem do musical Hair, em 2011, e, mais recentemente, deu expediente como backing de Elza Soares.

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A aposta de abandonar esses trabalhos para se dedicar à carreira de cantora deu certo. Sua música Bumbum de Puto soma 28 milhões de visualizações no YouTube. “Eu invisto todo o dinheiro que ganho para fazer clipes superproduzidos”, diz. A artista tem feito seis shows por mês. O sucesso e a voz conquistados junto à comunidade fizeram com que fosse convidada para lançar uma música com Anitta. Na verdade, trata-se de uma regravação de Show das Poderosas. A regravação integra a Warner Pride, em homenagem ao orgulho LGBTQ, organizado pela Warner Music

“Olha só, a Anitta é uma pessoa que respeito demais por sempre dar espaço aos gays em seu palco”, diz ela. “Consciência não tem volta: quando as pessoas descobrem seus direitos, elas vão reivindicá-los.” A artista namora há três anos um professor de artes, diretor de seus clipes Dona e Império. Com o dinheiro (suado e montado) do rap, o casal vive em um apartamento no centro de São Paulo.

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