A decisão de João Doria Jr. de apagar os grafites da cidade de São Paulo foi motivo de discussão na edição do Encontro da manhã desta quarta-feira. A apresentadora Fátima Bernardes criticou a decisão do prefeito e declarou apoio às manifestações artísticas nas rua da cidade, que considerou como típicas da metrópole.
“Ter a arte de rua é a cara de São Paulo, né? As pessoas estão se apropriando de um espaço para manifestar a arte delas. É uma galeria a céu aberto, porque permite ao artista que faça, e quem passa por ali, veja. Não precisava ter tanta pressa assim. Era uma obra que estava lá. Tirou o verde e botou o cinza, e não é assim. Ali tinha o trabalho de muita gente e um apego de afetividade que a gente vai pegando”, declarou Fátima, classificando ainda São Paulo como “a cidade da arte na rua”.
Convidado do programa, o ator Henri Castelli concordou com a crítica de Fátima. “Não precisava ter tanta pressa para fazer isso, pressa teria que ter para arranjar emprego [para a população], para a saúde, a segurança, moradias”, disse Castelli.
Por determinação de Doria, que criou o projeto “São Paulo Cidade Linda”, grafites em determinadas áreas da capital vêm sendo apagados. O prefeito avisou que vai criar o “grafitódromo”, espaço que quer reservar para painéis e murais na cidade, mas não informou em que região vai ser instalado.