Fábio Assunção sobre dependência: ‘Um estigma com o qual tenho que lidar’
'Para mim, esse assunto já foi. Estou em outra fase', afirmou o ator no programa 'Conversa com Bial'
Fábio Assunção afirmou durante o programa Conversa com Bial, na noite de quarta-feira, que não luta mais contra a dependência química. “Já tive um uso exagerado e uma relação obsessiva. É uma coisa que pode acontecer. Você não sabe se o uso recreativo de alguma coisa vai te levar a isso. Para mim, esse assunto já foi. Estou em outra fase”, explicou. O tema, no entanto, ainda é frequente em sua vida: “Esse assunto é recorrente, tem um estigma que eu tenho que lidar”.
A fala foi ligada ao caso de junho de 2017, quando Assunção foi detido pela polícia na cidade de Arcoverde, no sertão de Pernambuco, onde divulgava o documentário Samba de Coco, exibido na abertura oficial do São João. Na ocasião, ele negou que tenha utilizado qualquer droga ilícita que pudesse justificar sua reação. “Infelizmente aconteceu uma briga. Errei ao me exceder. Não fiz uso de nenhuma droga ilícita – o que será comprovado pelo exame toxicológico que eu mesmo pedi para ser feito”, afirmou o ator dias após o ocorrido.
“Eu estava comemorando e saí para fazer xixi lá fora. Teve uma discussão, teve uma briga e foi ruim. Levei três chutes na cara, rolei um barranco e as pessoas estavam filmando. Isso é muito cruel”, relembrou no programa do Bial.
“Fui para o hospital e uma pessoa da UTI saiu para me filmar. Eu saí completamente desesperado do hospital e passou um carro de polícia. A gente chamou a polícia, mas eles acharam que estava tendo alguma confusão”, explicou o ator. “Obviamente eu saí do tom, não tratei a polícia com respeito, gritei com eles. Mas, imediatamente, fui algemado, isso, para mim, foi uma coisa muito violenta. Já reagi. Foi tudo errado”, concluiu.
O caso ganhou repercussão nas redes sociais e imagens do ator foram utilizadas como memes sobre o uso de bebidas alcoólicas. “Por conta de Arcoverde, sou o sextou (risos). Sempre achei os memes muito ofensivos. Conversei com o meu filho e disse que tinha um que eu queria processar. Ele falou: ‘Pai, não faz isso, porque é zoeira’. Me caiu uma ficha. Só eu posso dar importância ou não para isso”, afirmou. “Daqui a pouco, alguém vai tomar um porre em uma sexta-feira e eu vou perder o título.”