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Em ‘Gênios do Crime’, a verdadeira vítima é o espectador

Com um elenco recheado de comediantes, filme só consegue causar vergonha alheia

Por Rafael Aloi Atualizado em 30 set 2016, 10h24 - Publicado em 30 set 2016, 10h13

Um filme que unia grandes nomes do humor, como Zach Galifianakis (Se Beber, Não Case), o trio Kristen Wiig, Leslie Jones e Kate McKinnon (do recente e ótimo Caça-Fantasmas), Jason Sudeikis (Quero Matar Meu Chefe) e Owen Wilson (Penetras Bom de Bico), tinha tudo para ser uma comédia hilariante. Porém, Gênios do Crime, que estreia agora no Brasil, é uma decepção. Não arranca do público uma risada sequer — apenas aquela conhecida sensação de vergonha alheia, que leva o espectador a se perguntar como foi parar naquela enrascada.

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O longa é baseado em uma história real que aconteceu em 1997, na Carolina da Norte, quando David Scott Ghantt roubou 17,3 milhões de dólares da transportadora de valores em que trabalhava. O roubo é considerado um dos maiores da história dos Estados Unidos. Dirigido por Jared Hess (Nacho Libre), Gênios do Crime traz Zach Galifianakis interpretando Ghantt como um idiota completo. Durante o trabalho, em que transporta milhões de dólares em carros-fortes, ele conhece a mulher dos seus sonhos, Kelly (Kristen Wiig), que, após ser demitida, apresenta o protagonista ao bandidão Steve (Owen Wilson).

Ghantt fica incumbido de roubar o cofre da transportadora, entregar todo o dinheiro para Steve e depois fugir para o México com uma pequena quantia, até as coisas se acalmarem. Mas o arquiteto do plano não tem intenção nenhuma de ajudar o companheiro e, após se despedirem, ele faz uma denúncia anônima para o FBI, contando o paradeiro de Ghantt enquanto ostenta a sua fortuna ilícita.

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O roteiro segue com um desfile de piadas típicas de besteirol. Outras sequências com humor escatológico, em que o protagonista tira notas de dinheiro fedidas da cueca, ou come uma tarântula morta, só conseguem provocar mais aversão ao filme.

O potencial para o humor do elenco é desperdiçado em atuações exageradas e personagens estereotipados com sotaques ou trejeitos bizarros. Talvez quem consiga escapar um pouco dessa situação desagradável seja Leslie Jones, como a investigadora do FBI, a personagem mais normal do filme, mas que é tão coadjuvante que pouco aparece. No fim, Gênios do Crime é que é um crime: contra o cinema e contra o bolso do espectador.

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