Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

De Olivia Colman a Meryl Streep: as operárias incansáveis de Hollywood

Uma curiosa elite de estrelas veteranas trabalha muito, apesar do prestígio — e a causa está no bolso

Por Gabriela Caputo Atualizado em 14 ago 2023, 14h47 - Publicado em 12 ago 2023, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quem repara nos filmes da franquia Velozes e Furiosos presentes no currículo de Helen Mirren não imagina como a prestigiosa atriz britânica foi parar ali: pedindo — em suas palavras, implorando — para o fortão Vin Diesel. “Eu nunca tinha feito um daqueles filmes gigantescos. Adoro dirigir e queria pilotar sozinha um carro veloz”, confessou. Aos 78 anos, Mirren adicionou mais um item à lista de primeiras vezes neste ano, ao estrelar um filme de su­per-heróis: Shazam! Fúria dos Deuses. Nos últimos meses, também apareceu na série 1923, ao lado de Harrison Ford, e emprestou sua voz à narradora sarcástica do sucesso Barbie. Ainda em agosto, vai viver nas telas a primeira-ministra israelense Golda Meir. São, ao todo, dez produções desde 2020. Com quase seis décadas de carreira e dona de um Oscar por A Rainha (2006), a veterana não dá sinais de desacelerar, e é sincrética na hora de dizer sim a uma personagem, alternando dramas políticos sérios com blockbusters.

    Publicidade

    In the Frame: My Life in Words and Pictures

    Publicidade

    Mirren é expoente de uma turminha aplicada de Hollywood: as atrizes que estão sempre ocupadas e, embora desfrutem de imenso prestígio, nem por isso se tornaram enjoadas nas escolhas de seus papéis. A conduta é a mesma da inglesa Olivia Colman, 49, e da australiana Toni Collette, 50. A conquista da estatueta de melhor atriz por A Favorita, no Oscar de 2019, marcou o início de uma fase próspera para Colman: desde 2020, já são quase vinte filmes, séries e dublagens em animações. Já Toni Collette, ainda que não tenha sido contemplada com o cobiçado prêmio, alcançou sua reputação com personagens antológicas em O Sexto Sentido (1999) e Hereditário (2018). Nos últimos meses, lançou duas comédias popularescas, Mafia Mamma e Guerra entre Herdeiros, em cartaz no país. Tanto ela quanto Colman empenham parte de seus esforços no streaming, usufruindo a oportunidade para manter a relevância para além do cinema — e, de quebra, acumular uma bufunfa.

    HELEN MIRREN
    HELEN MIRREN (Matt Kennedy/Universal Pictures)

    HELEN MIRREN
    Trabalhos desde 2020: dez
    A inglesa premiada com o Oscar por A Rainha (2006) é para lá de sincrética em suas escolhas: vai de Shazam! a Velozes e Furiosos (foto)

    Continua após a publicidade

    Best Actress: The History of Oscar-Winning Women

    Publicidade

    Em um movimento ligeiramente distinto, a brilhante Meryl Streep não assume grandes papéis há alguns anos. Aos 74, a americana é detentora de três Oscars, de um total de 21 indicações — número jamais alcançado por outro ator na premiação. Mais exigente que as colegas, Meryl aposta em participações de luxo, preferindo emprestar seu talento a tramas engajadas em causas sociais (a exemplo da sátira sobre o negacionismo climático Não Olhe para Cima, da Netflix) ou programas cultuados no meio televisivo, como a série Only Murders in the Building, na qual faz uma ponta crucial na recém-lançada terceira temporada. A atriz recebe coisa de 800 000 dólares para dar o ar da graça em cada episódio — valor que cobrou em Big Little Lies, da HBO, de 2018 — e tem o hábito de doar parte de seus salários para causas filantrópicas.

    TONI COLLETTE
    TONI COLLETTE (Alyssa Moran/Signature//)

    TONI COLLETTE
    Trabalhos desde 2020: dez
    A australiana é exemplo de versatilidade nas telas, indo do terror às comédias popularescas — como Guerra entre Herdeiros, em cartaz no país

    Continua após a publicidade

    Her Again: Becoming Meryl Streep

    Publicidade

    Apesar de hoje lograrem de liberdade para selecionar seus trabalhos, essas figuras estão submetidas a uma indústria bilionária em que aquilo que dá moral nem sempre enche o bolso. E, no fim do dia, todas querem ganhar tanto dinheiro quanto reconhecimento. Vale apontar que, mesmo se tratando de alguns dos nomes femininos mais aclamados de Hollywood, nenhuma das quatro atrizes tem aparecido nas listas das mais bem pagas dos últimos anos. Meryl, de novo, é uma exceção pontual: a americana apareceu na quinta posição do ranking feito pela Forbes em 2020, pela fatura de 24 milhões de dólares por três filmes. Na época, ela havia passado oito anos ausente da lista. A vida de uma operária da tela não é moleza.

    Publicado em VEJA de 11 de agosto de 2023, edição nº 2854

    Publicidade

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

    In the Frame: My Life in Words and Pictures
    In the Frame: My Life in Words and Pictures
    Best Actress: The History of Oscar-Winning Women
    Best Actress: The History of Oscar-Winning Women
    Her Again: Becoming Meryl Streep
    Her Again: Becoming Meryl Streep

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.