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Corey Feldman defende Michael Jackson após acusações de abuso infantil

Vítima de abuso nos anos 80, ator de ‘Os Goonies’ compartilhou lembranças inocentes do sítio ‘Neverland’ e chamou músico de “homem/criança”

Por Redação
Atualizado em 5 mar 2019, 19h15 - Publicado em 5 mar 2019, 19h14

O ator Corey Feldman, estrela-mirim de sucessos dos anos 80 como Os Goonies, Conta Comigo e Os Garotos Perdidos, foi ao Twitter defender o músico Michael Jackson contra acusações de abuso sexual de crianças, relatadas no documentário Leaving Neverland, que estreou no último domingo 4 na HBO americana.

O filme traz os pontos de vista de Wade Robson e Jimmy Safechuck, dois homens que afirmam que Jackson abusou deles quando crianças, em seu sítio conhecido como “Neverland” (a “Terra do Nunca”). A obra vem gerando polêmica desde que a família do artista publicou, em janeiro, uma carta aberta afirmando que o longa incitava um “linchamento público” do cantor e que não apresentava nenhuma prova ou sequer tentava considerar o lado do artista, morto em 2009, e pedindo que a HBO cancelasse sua exibição.

Feldman, que numa autobiografia lançada em 2013 revelou que fora vítima de abuso sexual infantil por figurões poderosos de Hollywood (junto com seu colega de profissão, Corey Haim, falecido em 2010) e que tem sido um porta-voz do tema desde então, parece concordar com essa última afirmação. Numa longa sequência de tuítes publicados na segunda-feira 4, o ator questionou o documentário por “ter um lado só” e por “não trazer nenhuma evidência além das palavras de dois homens que já negaram a história no tribunal”.

O ator ainda compartilhou detalhes de sua própria experiência com o cantor, com quem teve uma relação próxima quando criança, e disse que os dois jamais conversaram sobre sexo, exceto por alguns alertas sobre “como isso era algo assustador e perigoso”. Feldman ainda afirmou que Jackson nunca xingou em sua presença e nunca o tocou de forma inapropriada, e disse desconfiar da história porque, em geral, acredita que pedófilos são compulsivos. “Dada a oportunidade que ele certamente teve comigo e com outras crianças, de estar sozinho e sem pais por perto, como ele controlava tão bem esses impulsos, enquanto se comportava de forma tão abertamente sexual com outros dois meninos? Isso não se encaixa no padrão”, questiona o ator.

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Feldman ainda disse que pensa em divulgar uma fita contendo conversas entre ele e Jackson, para mostrar ao público o quão inocente era o comportamento do músico, que descreve como um “homem/criança”.

No Brasil, o documentário Leaving Neverland será exibido pela HBO em duas partes, nos dias 16 e 17 de março às 20h.

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