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Spielberg faz campanha para tirar Netflix do Oscar, e empresa reage

Gigante do streaming diz que seu modelo e o cinema tradicional não são 'mutuamente excludentes' e defende sua presença na premiação

Por Juliana Varella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 mar 2019, 12h42

A Netflix pode ter levado quatro estatuetas do Oscar na última edição do evento (três para o longa Roma e uma para o curta documental Absorvendo o Tabu), no dia 24 de fevereiro, mas sua posição na indústria do cinema ainda é alvo de desconfiança, especialmente por parte dos veteranos de Hollywood. Steven Spielberg, também premiado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por O Resgate do Soldado Ryan (1999) e A Lista de Schindler (1993), é um dos nomes que mais parecem incomodados com o crescente prestígio da plataforma.

Na reunião anual do conselho da Academia em abril, do qual faz parte, o diretor promete propor uma mudança nas regras para impedir que obras feitas para o streaming, como as da Netflix, possam competir em qualquer categoria no Oscar. Segundo informações obtidas pela revista IndieWire, Spielberg acredita que essas produções deveriam ficar restritas ao julgamento do Emmy Awards – premiação dedicada a séries e telefilmes, e está levantando uma campanha para que outros diretores e profissionais do cinema apoiem a mudança.

De olho no Oscar 2020 com um novo filme de Martin Scorsese com Robert DeNiro e Al Pacino no forno, a Netflix não deixou a ameaça passar despercebida e publicou um tuíte nesta segunda-feira, 4, em resposta: “Amamos cinema. Aqui estão outras coisas que também amamos”, dizia a publicação, com tom provocador: “acesso a pessoas que nem sempre podem pagar o ingresso ou que vivem em cidades sem cinemas; deixar qualquer um, em qualquer lugar, aproveitar os lançamentos ao mesmo tempo; dar aos cineastas mais meios para compartilhar sua arte”. A empresa ainda completou com uma declaração que reforça sua postura como um complemento – e não concorrência – dos cinemas convencionais: “Essas coisas não são mutuamente excludentes”.

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A Netflix concorreu ao Oscar pela primeira vez em 2014, com o documentário The Square, e ganhou seu primeiro prêmio em 2017 com um curta documental chamado Os Capacetes Brancos. Em 2018, a empresa levou outro Oscar para casa pelo documentário Ícaro e, em 2019, quebrou o próprio recorde com três estatuetas numa mesma edição: a de melhor direção (Roma), melhor filme estrangeiro (Roma) e melhor curta documental (Absorvendo o Tabu).

Em janeiro, a companhia de streaming se tornou a primeira empresa baseada na internet, que não é um estúdio de cinema, a integrar a Motion Picture Association of America (MPAA), associação que reúne os “seis grandes” de Hollywood: Paramount Pictures, Sony Pictures Entertainment, 20th Century Fox, Universal Studios, Walt Disney Studios e Warner Bros.

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