Clássicos do pop ganham versão LGBT por Kesha e Bob Dylan
Projeto prevê a representatividade no universo da música, predominantemente heterossexual
Grandes sucessos do pop ganharam uma versão LGBT na voz de Bob Dylan, Kesha e outros artistas. O projeto, chamado Universal Love, inverteu o gênero de substantivos e pronomes de clássicos românticos para concordar com o sexo do vocalista, assim, homens cantam sobre o amor por outros homens, e mulheres sobre mulheres.
“Na história da música pop, predominam letras sob a perspectiva heterossexual”, comentou o produtor Tom Murphy ao The New York Times. “Se a música é um meio de unir as pessoas, esses hits não deveriam abranger a todos?” As seis canções selecionadas foram lançadas em um EP (coletânea de músicas menor que um disco comum), já disponível no Spotify.
Kesha reescreveu a canção de Janis Joplin I Need a Man to Love, trocando a palavra “Man” (Homem), para “Woman” (Mulher). Já a cantora St. Vincent transformou And Then He Kissed Me para um eletro-rock dançante, usando She (Ela), ao invés de He (Ele) no nome da músicas. Ben Gibbard, vocalista da banda Death Cab for Cutie, escolheu “inverter” um dos grandes sucessos dos Beatles, And I Love Her.
O clássico My Girl (Minha Garota), dos The Temptations, virou My Guy (Meu Garoto), na voz de Kele Okereke. A banda Valerie June brincou com o gênero de Mad About The Boy (Maluca por ele), que virou Mad About The Girl (Maluca por ela). Enquanto isso, Bob Dylan seguiu fazendo o mesmo que nos seus últimos álbuns, e gravou um cover de Frank Sinatra: She’s Funny That Way, substituindo “she” (Ela) por “he” (Ele).
Confira abaixo o EP: