Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Chloé Zhao, diretora de ‘Eternos’: “Eu queria muito esse emprego”

A cineasta chinesa falou a VEJA sobre os bastidores do novo filme da Marvel

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2021, 10h03 - Publicado em 29 out 2021, 06h00

Para muitos, foi uma surpresa saber que uma diretora tão identificada com o cinema de arte fosse fã dos super-heróis da Marvel. Como se equilibrar entre o cult e o popular? O cinema é democrático, ele é para todos. A Marvel atingiu uma audiência global impressionante, e que me interessa. Eu cresci lendo mangás e assistindo a animes, além de produções de artes marciais como O Tigre e o Dragão (2000). Meu sonho era ser uma artista de mangá. Mas, enfim, me apaixonei pelo cinema e por fazer filmes de uma forma experimental. Uma coisa não anula a outra. Meu gosto pela fantasia e pela ficção científica não morreu.

Essa inspiração oriental se vê nas cenas de ação. Como foi idealizá-las? As cenas de lutas orientais têm um estilo diferente daquelas dos clássicos de ação ocidentais. Tentei incorporar essa estética ao máximo. Há posturas e lutas inspiradas nos samurais. Essa técnica também está muito ligada ao posicionamento das câmeras. Na maior parte do tempo, elas ficam no chão, com o espectador. Não vão aos lugares a que seria fisicamente impossível para quem assiste, deixando o filme mais imersivo.

Como se deu sua contratação pela Marvel? Havia um interesse mútuo. Apresentei projetos que não vingaram. Mas me mantive no radar. Trabalhei duro para desenvolver essa ideia e ser aceita pelos produtores. Eu queria muito esse emprego.

LEIA MAIS: Cineasta Chloé Zhao se impõe como a força criativa de ‘Eternos’, da Marvel

Há um fundo místico na trama, que trata os personagens como divindades. Sua experiência pessoal com a religião influenciou o roteiro? Eu não sou religiosa, o que me garante uma maior liberdade para viver. Ironicamente, quem não segue uma religião fica preso em perguntas sem respostas. Para onde vou quando eu morrer? Qual o propósito da minha existência? Eu tenho buscado me aproximar da minha espiritualidade. E creio que encontrei respostas nos meus filmes. Meu espírito está conectado à natureza e à busca por um equilíbrio entre os humanos e o planeta. Pensar assim me mantém sã.

Publicado em VEJA de 3 de novembro de 2021, edição nº 2762

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.