Harvey Weinstein voltou a ser acusado de abuso sexual nesta terça-feira, desta vez por Mimi Haleyi, uma ex-assistente de produção de Hollywood. Em uma coletiva de imprensa, a mulher afirmou que o produtor forçou sexo oral nela quando ela estava menstruada em um episódio que aconteceu em 2006. “Ele até tirou meu absorvente interno, fiquei desacreditada”, disse Mimi.
Segundo sua declaração, ela conheceu Weinstein na pré-estreia de O Aviador em Londres, em 2004, e voltou a encontrá-lo no Festival de Cinema de Cannes em 2006. Depois de pedir um emprego ao produtor, ela foi convidada a subir ao quarto de hotel dele para discutir o assunto. Quando ficaram a sós no local, ele teria pedido uma massagem. Mimi afirma ter negado e sugerido que ele contratasse um massagista profissional antes de ir embora. “Naquele momento, eu chorei e me senti completamente humilhada e burra por ter me encontrado com ele”, disse.
Weinstein voltou a entrar em contato com Mimi e até lhe arranjou um emprego em um programa de televisão. Ela diz que eles chegaram a se encontrar outras vezes e o produtor foi educado, mas voltou a ser inconveniente após alguns dias, quando insistia para que ela fosse para Paris com ele. A assistente recusou e afirma que só aceitou encontrá-lo depois que ele voltou de viagem para manter um relacionamento profissional.
Assim que Mimi chegou à casa de Weinstein, o produtor começou a assediá-la. Ela diz que chegou a dizer que estava menstruada e que nada aconteceria entre os dois. “Ele não aceitava a recusa e me levou a um quarto que não estava iluminado, mas parecia ser um quarto infantil, com desenhos nas paredes”, contou. “Ele me segurou na cama, eu tentei me desvencilhar, mas era impossível. Ele era extremamente persistente e mais forte fisicamente. Em seguida ele forçou sexo oral em mim enquanto eu estava menstruada. Ele até tirou meu absorvente interno. Fiquei desacreditada. Eu não gostaria que alguém fizesse aquilo mesmo se ele fosse meu parceiro.”
Weinstein foi acusado por mais de cinquenta mulheres de assédio e abuso sexual. O produtor está sendo investigado pelas polícias de Nova York, Los Angeles e Londres. O americano foi demitido da empresa que ele mesmo fundou, a The Weinstein Company, e pediu para deixar o conselho da produtora. Ele também já foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, e tem expulsão avaliada pelo Sindicato dos Produtores e da Academia de Televisão, que organiza o Emmy.