Após a decisão da juíza Maria Isabel Galotti, ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que excluiu Antônia Fontenelle da lista de herdeiros do diretor Marcos Paulo, a atriz fez uso do Instagram para apontar o que considera uma “perseguição de mulheres” contra outra mulher. As mulheres em questão são a própria juíza, relatora do processo no STJ, e também as filhas de Marcos Paulo e sua ex-mulher, a também atriz Flávia Alessandra. Antônia Fontenelle confirmou ainda que vai recorrer da decisão de Galotti. A ex-mulher de Marcos Paulo, segundo Antônia, atrapalha inclusive a sua carreira, por ter um “protetor forte na Globo” (mais abaixo).
“Mulheres perseguindo mulheres, é só isso que eu entendo, e vou continuar afirmando: CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS. Sra ministra Isabel Galloti, chegou minha hora de recorrer porque não aceito a sua decisão, uma vez que fui reconhecida como esposa. Acredito no bom senso do colegiado, esse país tem leis, e elas têm por obrigação serem cumpridas”, escreveu a atriz em um post curto, em que convida os seguidores a ouvirem mais da sua opinião a respeito do caso nos Stories – área de compartilhamento de imagens por 24 horas, onde Antônia Fontenelle publicou cerca de vinte vídeos em tom de desabafo e de acusação.
Perseguição e humilhação
O tom acusatório foi dirigido primeiro à ministra do STJ que negou o acesso aos bens de Marcos Paulo. A atriz afirma que, embora a carta escrita pelo diretor, pedindo que 60% de sua herança fosse destinado à esposa, não tenha sido reconhecida em cartório como manda a burocracia, o casamento de ambos já teve reconhecimento judicial.
“O Marcos deixou um documento assinado, que não foi reconhecido em cartório e é passível de discussão. Mas a senhora Isabel Galotti leu pilhas e pilhas de documentos e de recursos, um processo que vai até o teto, e sabe muito bem que eu era esposa do Marcos Paulo. Nesse país, tem uma lei que diz que a esposa tem direito a 50%. Então, ela pode não ter reconhecido o papel (deixado pelo Marcos), mas sabe muito bem que, por lei, eu sou herdeira”, disse.
“Eu me sinto perseguida desde o dia em que o Marcos Paulo me deu a mão e disse, ‘Antônia é minha mulher’. E, depois da morte dele, esse sentimento de perseguição veio com o de humilhação. Como mulher, eu não aceito essa decisão e vou recorrer. Acredito que o colegiado vai ter o bom senso de não pensar como você.”
Protetor na TV Globo
Depois, Antônia Fontenelle se volta às filhas de Marcos Paulo e à sua ex-mulher, Flávia Alessandra. “Eu fico imaginando o que passa na cabeça dessas pessoas. Mariana pode rir, porque nunca precisou de dinheiro. Vanessa também, o pai a deixou em uma boa situação. Flávia Alessandra é contratada da TV Globo, não trabalha. Agora, soube que o Aguinaldo Silva vai botá-la para protagonizar sua próxima novela, tendo em vista que as últimas novelas que ela protagonizou foram um fiasco, mas, enfim”, diz, com uma alfinetada na ex-mulher do diretor.
Na sequência, ela insinua que Flávia Alessandra prejudica sua carreira de atriz. “Já pedi perdão pelo ódio que eu causo a vocês. Eu custo a acreditar que tudo isso seja só por dinheiro. Vocês atrapalham meus caminhos de trabalho. Uma vez, um diretor me disse que tinha medo de me chamar porque não sabiam quem eram os protetores da Flávia Alessandra, tenho medo que sobre para mim. Tem gente que não me chama para trabalhar porque sabe que a Flávia Alessandra tem um protetor forte na TV Globo.”
Novamente em tom de desabafo, Antônia Fontenelle encerra as transmissões pedindo para ser deixada “em paz”. “Querem me enterrar viva, me enlouquecer? Meu Deus, eu não sabia que eu tinha tanta importância”, diz. “Vocês não querem só o que é de vocês, querem a minha parte também. Me deixem em paz, pelo amor de Deus. Me deixem viver, me deixem trabalhar.”