As acusações de assédio sexual ao produtor Harvey Weinstein chegaram ao alto escalão de Hollywood. Nesta terça-feira, Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow quebraram o silêncio e engrossaram as denúncias contra o produtor, já demitido da própria companhia pelas notícias.
“Está na hora de deixarmos claro que situações como essa chegaram ao fim”, declarou Paltrow à revista The New Yorker. Segundo ela, Weinstein a chamou para uma “reunião de negócios” em seu hotel e, lá, se ofereceu para uma massagem e a convidou para subir para o seu quarto. Aos 22 anos, a atriz havia sido escalada recentemente para o filme Emma, do produtor.
Na época, Gwyneth teria relatado o episódio ao namorado, Brad Pitt, que confrontou Weinsten. O produtor, então, ameaçou a atriz, para que não comentasse mais o ocorrido. “Pensava que ele ia me demitir”, confessou.
Angelina Jolie também passou por um episódio parecido. À mesma publicação, ela contou que no fim da década de 90, durante o lançamento de Corações Apaixonados, rejeitou investidas do produtor em um hotel. “Tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude e como resultado escolhi nunca mais trabalhar com ele e advertir outras pessoas quando o faziam”, declarou a atriz.
Nesta terça-feira, a revista The New Yorker publicou um “dossiê” somando as denúncias de assédio e abuso sexual contra Weinstein, feitas pelo jornal The New York Times na quinta-feira passada. O periódico cita dúzias de acusações de antigos e atuais funcionárias do produtor, que alegam ter recebido toques indesejados ou sido submetidas a exibicionismos.
(Com agência EFE)