A Águia de Ouro pediu desculpas após um integrante da escola de samba aparecer caracterizado de Adolf Hitler, com um bigode como o do ditador alemão e uma suástica atada ao braço, durante ensaio no sábado 2, no Anhembi, em São Paulo.
“A Escola de samba Águia de Ouro, por meio de sua assessoria de imprensa, vem a este canal se desculpar publicamente sobre esta atitude isolada de um componente que se aproveitou para se promover pessoalmente”, disse a escola de samba em nota publicada em sua página no Facebook. “A diretoria foi pega de surpresa, e já tomou as medidas necessárias para que não aconteça mais.”
O homem também usava uma faixa presidencial brasileira e empunhava um cassetete como se fosse uma arma. A Águia de Ouro negou que estivesse fazendo uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro. “Em momento algum se refere ao Bolsonaro, pois não seríamos levianos em incluir alguém que acaba de assumir o cargo”, diz a nota. “O nosso enredo marca a história de 1500 a 2018, até porque quando construímos o projeto ainda não sabíamos quem seria o presidente eleito, isso se deu em meados de 2018. Essa alusão tem foco direto ao governo ditador de Getúlio Vargas, que fez do Brasil uma ditadura, os paulistas que o digam!”
Em comunicado divulgado em seu site, a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) afirmou que recebeu “manifestações” por causa do integrante da escola de samba: “Sempre repudiamos quando alguém associa os crimes cometidos durante o nazismo a algum fato do cotidiano. O Holocausto é algo muito sensível para a comunidade judaica em todo o mundo e para todos que sofreram com esta barbárie”. E completou a nota: “Em contato, via telefone, o presidente da agremiação, Sidnei Carriuolo Antônio, se desculpou pelo acontecimento”.