Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Acervo de artefatos secretos da Guerra Fria vai a leilão

Objetos inusitados da KGB estão ao alcance de que quem quiser e puder pagar por eles

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h25 - Publicado em 15 jan 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A KGB, agência de inteligência da União Soviética, sempre esteve presente no imaginário ocidental como sorrateira e perigosa, pronta para eliminar inimigos com a ajuda de artefatos discretos e mortais: uma arma disfarçada de tubo de batom ou uma agulha envenenada escondida no guarda-chuva. Fora eventuais exageros de filmes de espionagem, é praticamente tudo verdade. Pois, agora, cerca de 3 000 itens da estatal soviética, que esteve em operação de 1954 a 1991, serão leiloados pela americana Julien’s Auctions, presencialmente e on-line, no dia 13 de fevereiro.

    A coleção faz parte do acervo do Museu de Espionagem da KGB, em Nova York. Inaugurado em janeiro de 2019 pelo lituano Julius Urbaitis, precisou fechar as portas definitivamente devido à crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Todos os itens pertencem a Urbaitis, que, ao longo de três décadas, montou a maior coleção do mundo de memorabilia da KGB e da Guerra Fria. Além de itens originais e réplicas exclusivas, o museu oferecia espaços interativos, como um modelo de cadeira usado para interrogatórios e a recriação do espaço de trabalho de um oficial. As exibições ainda explicavam como os agentes da Inteligência realizavam sua vigilância, incluindo embutir dispositivos de gravação em abotoaduras e até esconder câmeras em fivelas de cinto. “Existe uma visão exótica da KGB no contexto da Guerra Fria no Ocidente. Adquirir esses itens é uma forma de colecionar um momento importante da história”, afirma o historiador Victor Missiato, professor do Colégio Mackenzie Brasília.

    Quase toda a coleção estará aberta a lances em mais de 400 lotes, com valores que podem chegar a 12 000 dólares. Os destaques incluem uma bolsa com câmera escondida, uma máquina de cifragem de código conhecida como Fialka, capaz de produzir milhões de combinações, e uma porta de aço de prisão. Também estão à venda uma placa de aviso de “área infectada”, usada para sinalizar zonas radioativas ou assoladas por doenças, e até uma carta assinada por Fidel Castro detalhando suas esperanças de se infiltrar em Havana durante a Revolução Cubana na década de 50. Para quem estudou o período, são itens imperdíveis, mas recomenda-se que as armas adquiridas fiquem trancadas a chave.

    Publicado em VEJA de 20 de janeiro de 2021, edição nº 2721

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.