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‘A Luz do Demônio’ mostra freira que encara o diabo — e o machismo

Mesmo com sustos e cenas clichês de exorcismo, filme se destaca pela originalidade ao mostrar gênese de heroína

Por Marcelo Canquerino 4 nov 2022, 18h19
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  • Diferente do passado, hoje, para se realizar um exorcismo é preciso provar que a pessoa não está sendo vítima de alguma doença física e mental. Neste cenário, as freiras trabalham como “enfermeiras”, enquanto os padres são responsáveis por realizar os rituais. Foi assim por séculos, mas a irmã Ann (Jacqueline Byers) quer mudar essa tradição. Ela se infiltra nas aulas dos homens sobre como exorcizar pessoas na escola preparatória de jovens exorcistas. Um dos professor reconhece o dom da jovem e permite que ela faça parte dos treinamentos. Eventualmente, ela se envolve no caso de um garotinha, com quem tem conexão imediata. Assim se desenrola o filme A Luz do Demônio, em cartaz nos cinemas. Dentro do substrato do terror, que explora os exorcismos demoníacos, a trama encontra um tom de criatividade ao dar o papel de protagonista para uma mulher — isso antes de se flertar com os clichês do gênero, para o bem e para o mal.

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    Além dos momentos tensos de cabeças virando e corpos se contorcendo, o longa também apresenta uma dose de drama ao explorar o passado conturbado de Ann. Quando criança, sua mãe foi diagnosticada com esquizofrenia, mas, para a protagonista, ela travava uma luta interna contra um demônio que queria possuí-la. Esta, inclusive, é a principal motivação da jovem para querer se tornar exorcista. Dotada de habilidades que muitos dos padres estudantes não possuem, Ann mostra sensibilidade ao lidar com os casos e traz luz a assuntos importantes, como as pessoas vítimas da culpa cristã que cometeram atos hediondos perante a Igreja e ficam mais suscetíveis a serem possuídas. 

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    Mesmo com algumas reviravoltas previsíveis (e desnecessárias) que tentam conectar a garotinha possuída com a heroína da história, e os sustos básicos de toda história de exorcismo, A Luz do Demônio é uma boa pedida para os fãs de terror que sentem falta de tramas mais originais dentro do gênero. Além de enfrentar seus próprios demônios (e os dos outros), a freira ainda bate de frente com o machismo religioso — duas tarefas que demandam coragem

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