São Paulo vai ser o primeiro estado a proibir celular nas escolas
Votação foi simbólica e não houve manifestação contrária; lei depende agora apenas da assinatura do governador
Proibir ou não o celular nas escolas? O tema é bem polêmico, mas os legisladores não se mostraram divididos nesta terça-feira, 12, durante a votação do projeto de lei, que proíbe os estudantes a usar o celular nas escolas públicas e estaduais. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a votação PL 293-2024 foi simbólica e não houve manifestação contrária a aprovação da nova medida. A proposta da lei é da deputada Marina Helou (Rede) e de mais 40 co-autores. O tema é tão unânime na casa que uniu deputados do PL e do PSOL.
A lei deve entrar em vigor no próximo ano letivo, mas depende ainda da assinatura do governador Tarcísio de Freitas. “Fizemos uma pesquisa entre professores e diretores da escola pública. A grande maioria, mais de 90%, quer a proibição”, diz Marina Helou. “A escola pública tem muito mais dificuldade de restringir o uso nas sala de aula do que o colégio particular.” Mas não se trata de uma medida contra a tecnologia nas escolas, porque o telefone pode ser usado em atividades pedagógicas com o professor. A ideia é tirar o aparelho de circulação para que deixe de ser um elemento de distração, que atrapalhe a aprendizagem do aluno. Outro ponto levantado pelos especialistas tem a ver com a socialização no ambiente escolar. Sem o celular, os alunos se relacionam, conversam e praticam mais esporte. São Paulo será o primeiro estado a proibir o celular nas escolas. Na cidade do Rio de Janeiro já é lei municipal.