Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Reserva confirmada: serviços de assinatura chegam à hotelaria

A partir de 2023 clientes poderão trocar pontos por diárias, descontos em restaurantes e até eventos esportivos

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 nov 2022, 08h00

Até pouco tempo atrás, as TVs a cabo dominavam o mercado global de assinaturas. Mais recentemente foram os serviços de streaming, como Netflix, Amazon Prime Video e Spotify, ou ainda o sucesso de clubes de vinho e aluguel de carros e casas que revolucionaram os hábitos do consumidor e alavancaram um negócio bilionário. A partir de 2023 chega ao país um modelo semelhante, porém em um ramo inédito: o da hotelaria.

A rede francesa Accor, dona das bandeiras Ibis, Novotel, Pullman e Mercure e líder em hotéis no Brasil, anunciou a criação de um serviço próprio de assinatura, batizado de All Signature, que na prática funciona como um complemento ao programa de fidelidade já existente da marca. Geralmente, o acúmulo de pontos em redes hoteleiras pode ser trocado apenas por hospedagens, processo semelhante ao que ocorre em programas de milhagens, que dão direito a voos e outros benefícios em aviões. Na novidade da Accor os clientes poderão acelerar o acúmulo de pontos sem a necessidade de viajar com tanta frequência e acessar outros benefícios, como luxuosas experiências gastronômicas e de lazer.

ALCANCE - Unidade do Ibis em São Paulo: 5 000 hotéis incluídos no programa -
ALCANCE - Unidade do Ibis em São Paulo: 5 000 hotéis incluídos no programa – (Fran Parente/FGMF Arquitetos/.)

A Accor mantém serviços de assinatura na Ásia e na Austrália, mas nesses casos os benefícios são mais focados em descontos. O novo programa foi pensado especialmente para o público brasileiro. “O mercado de assinatura cresce aqui mais até do que em outras regiões, desde os serviços tradicionais, como streaming, até distribuição de água”, disse a VEJA André Sena, líder de vendas, marketing, distribuição e fidelidade da Accor na América do Sul. “Muitos clientes pediam novas formas de acelerar sua pontuação e utilizá-la de novas maneiras.” A iniciativa havia sido planejada para estrear em 2019, mas foi adiada por causa da pandemia, que paralisou negócios no mundo inteiro.

São três tipos de plano. O mais básico, Discover, cujo público-alvo são pessoas de 25 a 30 anos com renda de até 5 000 reais, custa 119 reais mensais e não dá direito a diárias ou serviços de forma direta, mas oferece 1 000 pontos por mês e mais um bônus a cada quatro meses — o que não parece assim tão vantajoso, pois 2 000 pontos equivalem a 40 euros, ou pouco mais de 200 reais. No plano intermediário, Explorer, que custa 345 reais e é voltado para pessoas de 31 a 40 anos com renda de até 12 000 reais, há benefícios como maior pontuação, acesso a áreas VIP, ingressos antecipados de eventos, como o GP de Fórmula 1 e grandes festivais de música. Por sua vez, o plano premium, chamado Absolute, que custa 560 reais por mês e visa a um público de renda acima de 12 000 reais, oferece tudo isso e mais uma série de atrativos, como refeições em restaurantes premiados e regalias como massagem em hotéis de luxo.

Continua após a publicidade

arte Hoteis

Novidade no Brasil, serviços desse tipo são encontrados em outros países. O CitizenM, grupo holandês de hotéis boutique espalhados em dezesseis cidades da Europa e dos Estados Unidos, lançou em 2022 um programa que custa 12 dólares mensais e oferece 10% de desconto em tarifas e outros benefícios em sua rede. No ano passado, o site de viagens TripAdvisor inaugurou uma plataforma de descontos em hotéis e parques, ao custo de 99 dólares anuais.

O programa da Accor está sendo testado em fase Beta e, segundo André Sena, a maioria dos clientes selecionados optou pela opção mais cara. “Imaginamos perfis diferentes no programa, mas naturalmente há mais afinidade com um perfil corporativo, pois são os clientes que viajam mais.” O objetivo da empresa é convencer os clientes a permanecer dentro de suas bandeiras (são 5 000 hotéis pelo mundo e 339 no Brasil) e atingir 3% de sua base do programa de fidelidade, o que equivaleria a 90 000 assinaturas em cinco anos. É, sem dúvida, um mercado em franca expansão em todo o planeta. Segundo a consultoria The Business Research Company, o segmento de assinaturas deverá gerar quase 1 trilhão de dólares até 2026. Isso se dará em praticamente todas as áreas. Qual será a próxima novidade?

Publicado em VEJA de 16 de novembro de 2022, edição nº 2815

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.