Sarah Burton, diretora criativa da Alexander McQueen, que assumiu a marca após a morte do estilista Lee McQueen, em 2010, está de saída. Segundo um comunicado da grife, a designer fará seu último desfile em setembro, durante a Paris Fashion Week. “Seu sucessor será anunciado no devido tempo”, informou a empresa.
Sarah começou a trabalhar na Alexander McQueen como estagiária durante seus estudos na Central Saint Martins. Em 2000, após dois anos na marca, foi nomeada chefe de design de moda feminina e braço direito do designer fundador da grife, o que a fez naturalmente sua sucessora.
Em 2011, ela ganhou todas as manchetes ao redor do mundo por desenhar o vestido de noiva de Kate Middleton, Princesa de Gales, recebendo em seguida uma Ordem do Império Britânico (OBE) por seus serviços à moda britânica.
À frente da marca, tornou-se uma das designers mais respeitadas da indústria fashion por mérito próprio, ao conseguir lançar coleções que misturavam utilidade, poesia e um glamour ousado e desconstruído, que além de afastar a imagem sombria de Lee McQueen, foram aclamadas pela crítica especializada.
“Estou muito orgulhosa de tudo o que fiz e da minha incrível equipe na Alexander McQueen. Eles são minha família e esta tem sido minha casa nos últimos 26 anos”, disse Sarah. “Acima de tudo, quero agradecer a Lee Alexander McQueen. Ele me ensinou muito e sou eternamente grata. Estou ansiosa pelo futuro e pelo meu próximo capítulo e sempre carregarei esse tempo precioso comigo”, completou.
Dança das Cadeiras
A saída da estilista segue uma reestruturação no grupo de luxo francês Kering para reavivar as vendas de sua principal marca, a Gucci.
Assim, o anterior CEO, Emmanuel Gintzburger da Alexander McQueen foi realocado para a Versace, no ano passado, dando lugar para Gianfillippo Testa, antigo executivo da Gucci e do grupo LVMH. “Gostaríamos de expressar nossa imensa gratidão a Sarah por escrever um capítulo tão importante na história da Alexander McQueen. A contribuição de Sarah nos últimos 26 anos deixará uma marca indelével”, disse Testa.
Além da Gucci e da McQueen, o grupo Kering detém grifes de peso como Saint Laurent, Bottega Veneta, Balenciaga, Brioni e Boucheron. Este ano, o conglomerado de luxo francês atingiu um valor de mercado de 62,7 bilhões de euros.