Em uma audiência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) no Senado na última quinta-feira, 27, o bolsonarista Eduardo Girão (Novo-CE) resolveu fazer uma intervenção de mau gosto — e o tiro saiu pela culatra. O senador tentou entregar ao ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, presente na sessão, a reprodução de um feto de 11 semanas como forma de “sensibilizar o governo federal para políticas antiaborto”.
Almeida recusou o presente de grego. “Eu não quero receber por um motivo muito simples. Vou ser pai agora e sei muito bem o que significa isso. Isso para mim é uma performance que eu repudio profundamente. É uma exploração inaceitável de um problema sério que temos para o país. Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso aí. Isso é um escárnio!”, reagiu o ministro.
Ex-presidente do Novo, João Amoêdo condenou a situação nas redes. “É mais uma ação ridícula da oposição bolsonarista, que se recusa a fazer debates sérios e apela para performances teatrais infantis”, escreveu. Foi então que Janaína Paschoal apareceu para defender Girão. “O ministro exerceu seu direito de recusar e o senador exerceu seu direito de ofertar. Nada de grave nisso, partindo do pressuposto que vivemos em um país de pessoas livres. O sr. não é um liberal?”, indagou a bolsonarista. Amoêdo não deixou barato e sua tréplica viralizou. “Acredito que você não entendeu. Não sou contra o direito dele, ou de qualquer outra pessoa, passar vergonha”, ironizou. Veja:
https://twitter.com/joaodamoedo/status/1651625580054343680