No último dia 13, o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS de nº 13 que, dentre outras questões, revoga outra portaria que determina que o médico deve comunicar o aborto por estupro às autoridades policiais. Poucos dias depois, Lula (PT) retirou o Brasil do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, uma aliança antiaborto aclamada por Jair Bolsonaro (PL).
Imediatamente, a parcela conservadora da sociedade reagiu às medidas. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou nesta quarta-feira, 18, uma nota oficial sobre as ações do governo a favor dos direitos reprodutivos das mulheres. No texto, os religiosos afirmam que “reprovam toda e qualquer iniciativa que sinalize para a flexibilização do aborto” e argumentam que “qualquer atentado contra a vida é também uma agressão ao Estado Democrático de Direito e configura ataques à dignidade e ao bem-estar social”.
Uma postagem do Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, viralizou nas redes e foi criticada por apoiadores do governo. “A Igreja católica não é a favor do aborto! Não é, nunca foi e nunca será a favor do aborto”, escreveu. Usuários rebateram, reafirmando a laicidade do Estado. Veja:
https://twitter.com/alamoju/status/1615706346015318022
https://twitter.com/Morndraug/status/1615705798746968064