O norueguês Karl Ove Knausgård é um raro prodígio: escreveu uma série memorialística de mais de 3.000 páginas, na qual os fatos e atos mais comezinhos (lavar a louça, por exemplo) são descritos com minúcia — e se tornou um fenômeno mundial. Neste quinto e penúltimo volume de Minha Luta, A Descoberta da Escrita (tradução de Guilherme da Silva Braga; Companhia das Letras; 632 páginas; 69,90 reais ou 39,90 reais na versão digital), Knausgård examina o momento em que, entre a desilusão e a felicidade amorosa, se definiu como escritor, em um curso universitário de escrita criativa na cidade norueguesa de Bergen.