Kesha retoma sua carreira ‘por cima’ com ‘Rainbow’
Álbum diverso, mas coeso, encanta pela nova versão da cantora que apresenta

Cinco anos e uma longa batalha judicial depois do lançamento do extravagante Warrior, Kesha (agora grafado sem o cifrão) faz seu retorno triunfal ao mercado da música com o álbum Rainbow. Ainda que sob a tutela da produtora de Dr. Luke – Lukasz Gottwald, acusado pela cantora de assédio moral e sexual –, o disco exala a pessoalidade de Kesha, ofuscada até então, em um bonito e divertido tributo a si mesma.
A Kesha do novo álbum soa natural e espontânea, ao mesmo tempo em que mantém as peculiaridades de seu visual, como suas madeixas coloridas. O compilado de músicas também explora a potência vocal da americana para além do pop, passando pelo glam rock em Let’Em Talk e Boogie Feet, parcerias com a banda Eagles of Death Metal; pelo funk, com Woman, em que canta com o grupo The Dap-Kings Horn; até retomar as raízes texanas de sua mãe em Old Flames (Can’t Hold A Candle to You), que conta com a contribuição de ninguém menos que Dolly Parton.
Em meio à diversidade de gêneros, Rainbow encontra sua unidade nas letras das canções. Seja na eletrônica Learn to Let Go, em Godzilla, Bastards ou no emocionante single Praying, a cantora mergulha em sua história e sentimentos, mas sem fazer do álbum um exagerado desabafo. Os versos reflexivos se misturam a melodias variadas, resultando em um disco versátil, porém coeso.
Rainbow está disponível nas plataformas de streaming Spotify, Deezer e Apple Music. A versão digital do disco também pode ser adquirida na iTunes Store por 9,99 dólares (cerca de 31 reais).