As previsões são antigas e, a cada ano que passa, se confirmam: o planeta está cada vez mais quente, os oceanos estão aumentando, e os primeiros refugiados vítimas do aquecimento global surgem da África aos Estados Unidos. O tema recorrente em documentários acaba de ganhar um novo e notório representante. O longa Gelo em Chamas, com produção e narração de Leonardo DiCaprio, será exibido nesta segunda-feira 22, às 22h, na HBO (e ficará disponível no canal de streaming HBO Go). Na produção, o ator e ativista foge das intrigas políticas, pincela o vindouro fracasso do Acordo de Paris — em que países concordaram com práticas que limitariam o aumento da temperatura mundial — e volta a atenção para os fatos: e eles são de teor apocalíptico.
Com dados, pesquisas e gráficos, o apanhado sugere um prazo de 20 anos para que seja possível a reversão dos distúrbios climáticos. A previsão é corroborada por cientistas renomados, que dão seu depoimento no filme e alertam para os efeitos mais catastróficos que estão por vir — entre eles, a maior liberação de gás metano dos oceanos para a atmosfera, como mostra a foto no topo, em que cientistas encontram os pontos com a maior concentração do gás onde o gelo perdeu espessura. Pessoas comuns também são ouvidas, como um pescador que deixou a pesca predatória para cultivar plantas subaquáticas que ajudam na contenção do carbono e ainda servem como recurso econômico. Os bons resultados financeiros, aliás, vindos da energia limpa e de outras opções criativas, como uma empresa que tira o carbono do ar e o transforma em pedra no solo, ajudam na virada otimista da produção, que não fica só no problema, mas propõe soluções.