O paulistano William Almeida de Araújo teve alguns empregos formais antes de se recriar como artista de funk. Ele trabalhou, por exemplo, numa companhia que fabricava potes e margarida e ganhou um dinheiro extra como cabeleireiro. A vida de artista, contudo, falou mais alto. Araújo primeiro trabalhou como produtor, gravando sucessos como Automaticamente (dos MC’s Leléto e Maromba). Certa vez, ele soltou sua voz de “Bob Esponja rouco” – a definição é do próprio funkeiro – na versão de uma vinheta. O DJ que cuidou da faixa achou que Araújo tinha talento e o incentivou a gravar como artista solo.
WM (o nome vem da última e primeira sílabas de seu nome) é um dos maiores talentos do funk paulista, graças a canções como Fuleragem e Rabetania. Mais recentemente, ele se voltou para o funk romântico: um de seus sucessos atuais, O Favelado que te Ama (gravado ao lado do MC Marks) é uma canção de andamento lento, que parece um pagode paulistano da década de 90 – poderia, por exemplo, estar no repertório de um Exaltasamba ou Katinguelê.
Em entrevista ao VEJA Música, WM fala de como driblou a desconfiança de seus pais para se tornar um astro da cena funk, do preconceito que existe contra os artistas do gênero e do atual interesse de artistas do sertanejo e do pop pelo funk.