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Cultura

Sri Prem Baba: ‘Há cristãos que apenas atendem seus interesses pessoais’

Mestre espiritual diz que não se arrepende da amizade com Aécio Neves e fala da relação entre política e religião no programa semanal da coluna GENTE

Por Valmir Moratelli SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 21 Maio 2025, 15h22 - Publicado em 21 Maio 2025, 11h00

Em entrevista ao programa semanal da coluna GENTE (disponível no canal da VEJA no Youtube, no streaming VEJA+ e também na versão podcast no Spotify), Prem Baba detalha pela primeira vez o caso em que foi acusado de assédio sexual por uma discípula e abre o jogo sobre a amizade com políticos de diferentes correntes ideológicas – João Doria, Marconi Perillo, Marina Silva, Eduardo Paes, Tião Viana, Sarney Filho… “Tomei consciência de que a política brasileira não é para amadores”, escreve no livro recém-lançado Em busca da verdade – autobiografia de um iogue brasileiro (ed. Matrix). A amizade com Aécio Neves, por exemplo, mais tarde, lhe custaria crítica de setores da esquerda, quando veio o impeachment da presidente Dilma (PT). Na obra, afirma: “Nesse diálogo com a política sempre houve um obstáculo ainda maior, por mais surpreendente que possa parecer: a religião. Certas religiões são absolutamente contrárias à espiritualidade”.

Em conversa com a coluna, Prem Baba detalha quais seriam estas religiões. “Há cristãos que estão vivendo a espiritualidade de verdade e cristãos nessa horizontalidade, apenas atendendo seus interesses pessoais. É o mesmo em todas as religiões. O que eu experimentei nessa minha aproximação com a política eram crenças limitantes, que faziam inclusive ter medo de um desconhecido. Estava trazendo o desconhecido. Considero que a espiritualidade é laica, ela não se atrela a uma religião. (…) Seriam os mais radicais. Mas não vi só evangélicos, vi também católicos, umbandistas, pessoas ligadas à medicina da floresta, cada qual defendendo seu ponto de vista”, diz.