Embora fale em manter os valores da família e a ordem, a ativista mais incendiária do momento vê com pouca frequência o filho de apenas 4 anos, não conversa com os dois únicos irmãos e tem seu nome proibido de ser citado dentro da família. É assim que Diego Giromini define sua irmã, Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter, presa na segunda, 15, pela Polícia Federal. Ela é investigada por atentar contra a democracia, fazer apologia ao nazismo e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal. O irmão conta que a detenção dela faz parte de uma estratégia para ganhar mais seguidores e ficar famosa nas hostes de ultradireita.
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Clique e AssineTudo por ela tem sido pensado para “bombar” nas redes sociais, diz o parente. Segundo ele, quando Sara sente-se cobrada por seguidores por estar ausente do filho, Hector, ela manda a avó levar a criança até Brasília para poder fazer stories ao lado do garoto — e ganhar likes e novos seguidores. O menino, filho único de Sara, mora com a avó, na cidade paulista de São Carlos, no interior do estado. A extremista o visita com pouca frequência. “A Sara só fala com a minha mãe”, diz Diego. Ela, que tem 27 anos, é a caçula de dois irmãos: Thiago, de 39, e Diego, de 37.
Como está a sua relação com a sua irmã, Sara Winter? Eu não vejo a Sara desde 2017. O filho dela, de 4 anos, mora com a minha mãe aqui em São Carlos. Ela não conversa comigo, com meu irmão mais velho ou com o nosso pai. Apenas mantém relação com a nossa mãe. O nome dela está proibido de ser falado dentro de casa para evitar brigas. A Sara faz tudo de caso pensado, é calculista.
Explique melhor. Quando os seguidores dela cobram estar ausente do filho, ela manda passagem para minha mãe ir até Brasília para fazer stories no Instagram ao lado da criança. Daí, os fãs ficam calmos e ela sai como uma pessoa boa. Nada é feito de forma natural, isso vale para a prisão.
Aliás, como o senhor vê a prisão dela? Vejo como uma glória para o Brasil. É preciso tirar a voz dessas pessoas que querem fama, dinheiro e poder. A Sara é uma vergonha nacional. Mas ela não tem direcionamento específico, embora tivesse o hábito de ler e fale algumas línguas. Hoje está com o Jair Bolsonaro, amanhã pode ser com o Lula. Na época em que participou do grupo feminista Femen, ela foi expulsa por desviar 79.000 reais.
Como a Sara se mantém hoje? Eu soube que ela recebe 6 000 reais, mas não sei de quem.