O enredo Hutukara, assinado pelo carnavalesco Edson Pereira, significa na língua yanomami “o céu original a partir do qual se formou a terra”. Com ele, o Salgueiro pretende exaltar a mitologia Yanomami e levantar a bandeira pela defesa da Amazônia. “Você diz lembrar do povo Yanomami em dezenove de abril,/ Mas nem sabe o meu nome e sorriu da minha fome,/ Quando o medo me partiu/ Você quer me ouvir cantar em Yanomami pra postar no seu perfil/ Entre aspas e negrito, o meu choro, o meu grito, nem a pau Brasil!” – apresenta trecho do samba bastante elogiado, e que coloca os povos originários do Brasil no centro da discussão, ao falar sobre aquecimento global, desmatamento e outras ações do homem que impactam diretamente na vida da humanidade. A Vermelha e Branca da Tijuca conta com Emerson Dias, como intérprete, e Guilherme e Gustavo como mestres de bateria.
Viviane Araújo reina à frente da bateria Furiosa desde 2008, é a rainha mais longeva entre as doze que desfilam em 2024. Este é o segundo ano como rainha depois do nascimento do seu primeiro filho, Joaquim, de um ano e três meses, com o empresário Guilherme Militão. “Quando vejo toda a minha trajetória… Quando olho para trás e me vejo com 20 anos entrando na Avenida, começando sem pretensão de nada, sinto hoje um orgulho de mim, de ter esse lugar tão disputado, tão cobiçado. O desfile do Salgueiro fala dos Yanomamis, do nosso povo, das nossas origens, da nossa terra, pelo que eles representam e pela luta deles em preservar a nossa terra”, diz ela à coluna.
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