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Ronaldo Ésper detona Janja, critica Gisele Bündchen e comenta fama de mau

Prestes a completar 80 anos, um dos estilistas pioneiros da alta costura no país passa a limpo suas ácidas opiniões no programa semanal da coluna GENTE

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 jul 2024, 09h51
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  • Nome forte da alta costura no país nos anos 1970 e 80, já chamado de “papa dos vestidos de noiva”, Ronaldo Ésper ficou conhecido pelas gerações mais recentes como o estilista de comentários ácidos ao surgir em programas televisivos vespertinos, sempre apto a causar rebuliços com frases fortes e controversas. Prestes a fazer 80 anos, ele não teme esta fama, pelo contrário, ainda a alimenta com vigor. Em entrevista no programa semanal da coluna GENTE no Youtube, Ronaldo reavalia suas colocações, explica por que posou sem roupa para a extinta revista G Magazine em 2006, fala da experiência de ter sua casa invadida por três bandidos na Zona Sul de São Paulo, e palpita sobre a elegância de Gisele Bündchen, Janja, Michelle Bolsonaro, entre outras. Não sobra alfinete para tanta cutucada.

     

    FAMA DE MAU. “As pessoas têm medo de mim, eu falo mesmo. E o que eu falo é de uma maneira diferente, sempre como crítica construtiva. Se falo que o vestido está torto, é para que você o coloque no lugar. Agora se você se ofende… Não tenho muitos inimigos, tem muita gente que não gosta de mim, é diferente. Antes de começar esta entrevista, chegando em casa, fui parado três vezes. É uma coisa incrível, não posso sair na rua. Tenho um humor cáustico, não tenho humor de circo, que se vê atualmente na televisão. Meu humor é proustiano. Talvez por isso não me chamem mais para fazer televisão. Mas eu quero voltar (à TV), sinto falta”.

    CONTRA O FIO-DENTAL. “A gente viaja e vê. Os Estados Unidos importam muita roupa de banho do Brasil, mas de tamanhos maiores. Aqui é natural essa coisa de fio-dental. As atrizes exageram, todo mundo…. Você sai na rua agora, vai ver gente seminua. É uma linha muito sensual, eu sou contra. As mulheres deveriam se vestir mais recatadas. A mulher brasileira não é alta, tem tendência a ser mais cheinha. É o contrário do modelo que pede a alta costura. Elas não vão gostar muito de ouvir eu falar isso. Mas sou como médico, preciso falar o que acho”.

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    GISELE BÜNDCHEN. “Ela apareceu no meu ateliê, numa seleção de new faces (modelos iniciantes). Como eu trabalhava só com noivas, preferia essas meninas mais jovens. Chegaram quinze para eu escolher sete moças para desfilar. De cara, falei: ‘Essa moça para mim não serve. Tem um nariz horrível’. Ela mexeu depois no nariz. A booker insistiu dizendo que a Gisele era maravilhosa. Eu preferia e ainda prefiro a Ana Hickmann, por exemplo. Gisele está na publicidade de uma joalheria, de corpo inteiro, com banha para todos os lados. E olha que tem photoshop. Todo mundo acha que tenho implicância com ela, não é. Eu só não acho ela a maior. Gisele tem cara de brasileira? Não tem”.

    SOBRE INCLUSÃO. “É um negócio espinhosíssimo. Mas falar a verdade. Fica muito mais bonito um vestido na passarela numa mulher magra e alta, me desculpe as outras. A pessoa que é mais cheinha, de peito e bunda grande, precisa tomar cuidado com a moda da passarela. Elas ficam transformadas com esse negócio de empoderamento, ficam verdadeiras palhaças. Aquela roupa não é ideal para elas. É uma onda que vai passar. Já reparou que as modelos loiras desapareceram? Só tem mulata e negra, há um exagero. Nada contra, mas as loiras deveriam fazer um movimento para as coitadas trabalharem”.

    MICHELLE BOLSONARO X JANJA. “Janja não entendeu que sua posição é deixar de ser a fulana de tal, tem que se comportar como primeira-dama. Já Michelle era mais bonita, mais alta, mas também não tinha aquele tchan. Primeiras-damas elegantes eram Maria Thereza Goulart (mulher de João Goulart), Sara Kubitschek (mulher de Juscelino Kubitschek)… Eram pessoas que vinham de outro nível. O nosso nível hoje é outra coisa, não sei de onde vem toda essa gente da política atual. Quando você fala com um costureiro, você fala com uma pessoa que é elitista, esnobe… Se ele falar que não é, está mentindo. eu não minto. A alta costura é elitista. É feita para vestir a Maria Antonieta, que um dia acaba com a cabeça cortada”.

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