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Relíquias que a Globo perdeu: raro acervo de novelas foi recém-doado em SP

Pesquisador de teledramaturgia e consultor da TV Globo, Mauro Alencar repassa sua coleção de roteiros históricos a universidade em São Paulo

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 Maio 2022, 12h04 - Publicado em 23 Maio 2022, 11h00
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  • Há um lugar no qual Dias Gomes, Janete Clair, Benedito Ruy Barbosa, Gloria Perez, João Emanuel Carneiro e outros autores se “encontram”. Durante mais de três décadas, o pesquisador e doutor em teledramaturgia pela USP Mauro Alencar, 59 anos, colecionou preciosidades da história da televisão brasileira em um apartamento de dois quartos no bairro de Campo Belo, na Zona Sul de São Paulo.

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    O valioso acervo – que inclui centenas de roteiros (vários escritos à mão), outras tantas fitas de gravações de produções inteiras, LPs de trilhas sonoras das novelas, revistas sobre o tema, além de entrevistas com atores, autores e diretores – quase foi doado para a TV Globo. Mas Mauro acabou preferindo uma instituição de ensino, por ter a certeza de que o acesso seria mais democrático. “Em mais de três décadas acumulei um centro de documentação da teledramaturgia nacional. Nunca tive a preocupação de catalogar nada da coleção. Chega uma hora que precisamos pensar no futuro disso”, diz.

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    Tony Ramos, Eva Wilma, Elizabeth Savala e Nívea Maria foram alguns dos seus fornecedores de material. Mas foram os herdeiros dos autores que disponibilizaram as maiores preciosidades do acervo. “Fui almoçar com Alfredo Dias Gomes (filho de Dias Gomes) e ele espalhou no meio da sala de casa todo o material do pai. Não pensei duas vezes, trouxe tudo comigo”, conta Mauro, sobre os textos completos de Saramandaia, Roque Santeiro e O Bem-Amado, entre outros.

    Um museu particular

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    Foram quatro meses de mudanças do apartamento – que já estava abarrotado – para as salas no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Naquele monte de caixas entulhadas estão os 596 capítulos de Redenção, de 1966, considerada a mais longa novela que já foi ao ar; fitas de VHS com a chamada de O Cafona, de 1971; o roteiro completo de 2-5499 Ocupado, a primeira telenovela diária da televisão brasileira, de 1963, produzida pela extinta TV Excelsior; o boletim de censura de Despedida de Casado, de 1977, novela que nunca chegou a ir ao ar; o roteiro de Avenida Brasil, sucesso da TV Globo em 2012…

    Há ainda novelas estrangeiras completas de diversas emissoras; todos os capítulos de produções como Selva de Pedra (com direito a anotações feitas à mão da autora Janete Clair), O Bem-Amado, Os Ossos do Barão e Escrava Isaura; arquivo fotográfico de atores e cenas da teledramaturgia… Enfim, um verdadeiro museu da televisão brasileira, que agora aguarda organização para o grande público. “Ouvi da Raquel Brandão, que desenvolveu e dirigiu o CEDOC (Centro de Documentação) da TV Globo, que eu tenho um CEDOC em casa!”, diz Mauro, que foi pesquisador da emissora, consultor de autores, professor das oficinais internas, passou pela Globo Internacional e pelo setor de desenvolvimento artístico.

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    Acervo raro da história da TV brasileira
    Acervo raro da história da TV brasileira (Divulgação/Divulgação)
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