Referência a Gal Costa em ‘Ainda Estou Aqui’, na expectativa para o Oscar
Valentina Herszage falou com a coluna GENTE sobre construção de sua personagem
Valentina Herszage, 26, interpreta Veroca, filha mais velha de Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres, 59, em Ainda estou aqui, o longa escolhido pelo Brasil para disputar uma vaga no Oscar 2025, na categoria de Melhor filme internacional. A história se passa no Rio de Janeiro, no início dos anos 70, em um período de endurecimento da ditadura militar. Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, 65, conta a história da família depois que seu pai, Rubens Paiva (Selton Mello) é levado por militares e desaparece. Valentina falou com a coluna GENTE.
Quais foram as suas referências? A maior referência para Veroca é a Gal Costa. É uma personagem que representa essa juventude dos anos 1970, ela está ali nos 17 para os 18 anos, pronta para encarar o mundo, para provocar as pessoas, para entender o porquê das coisas, num momento muito turbulento do Brasil.
Como foi o processo de preparação? Foi toda dentro da casa, porque a casa é um personagem do filme. O Walter (Salles, diretor) é muito comprometido com aquilo que está filmando. Nada para ele é uma batalha perdida, vai atrás de tudo que quiser mudar. Ele é generoso, tudo que a gente trazia de ideia, acatava. Ele pediu para mim e para a Luiza Kosovski, que faz Eliana, para transformarmos o quarto das meninas. A gente pode coletar várias referências de música brasileira, filmes brasileiro dos anos 1970, filmes internacionais. A gente fez o quarto baseado nas nossas pesquisas.
Teve alguma cena que te chamou mais atenção? Tem uma cena que amo, que foi o dia mais divertido do mundo, é uma cena da dança da família, na despedida da Veroca (enviada para Londres pouco antes da ‘prisão’ de Rubens), tocando uma música do Juca Chaves (Take Me Back To Piauí). Foi divertidíssimo, dançar em cena é a melhor coisa.