Primo de Mario Frias e crítico ferrenho da gestão do secretário de Cultura de Jair Bolsonaro, o historiador Raul Milliet diz não ter ficado “nem um pouco surpreso” com a viagem em caráter de urgência de Mario para Nova York, às vésperas do Natal de 2021. De acordo com o Portal da Transparência, o governo federal gastou R$ 39 mil em passagens e hospedagem para que o secretário tratasse pessoalmente de um projeto audiovisual com o lutador de jiu-jítsu Renzo Gracie, de quem é amigo. “Essa pessoa (ele não pronuncia o nome de Mario) não fez nada de bom até agora, é apenas um bajulador do presidente”, diz Milliet.
O historiador também põe em xeque as prioridades da secretaria de Cultura sobre o uso de seus recursos. “Se é para falar de luta no Brasil por que não falar sobre a capoeira?”, pergunta. “A família Gracie não tem relevância para o país Brasil. São pessoas de práticas autoritárias e que muitas vezes resvalam para a violência”, afirma.