Prestes a ser pai, Jarbas Homem de Mello se transforma em Freddie Mercury
Ator, que estreia espetáculo em São Paulo, fala a VEJA como encara a paternidade aos 53 anos
O ator e bailarino Jarbas Homem de Mello ressignifica a figura do ídolo Freddie Mercury no espetáculo Jarbas Homem de Mello – Canta Queen, que estreia neste domingo, 16, no Teatro Liberdade, em São Paulo. O show é um tributo à famosa banda de rock britânica que se consagrou nos anos 1970 e 80. Jarbas, de 53 anos, e a mulher Claudia Raia, 55, anunciaram gravidez no último mês. Num ensaio inspirado (e bota inspirado nisso) no cantor britânico morto em 1991, Jarbas fala à coluna sobre os desafios da paternidade tardia e por que não explicita seu voto no segundo turno.
Qual é a sua inspiração para interpretar um astro do rock em Jarbas Homem de Mello – Canta Queen? Eu sou um grande fã, desde que a banda veio ao Rock in Rio em 1995. A trilha sonora faz parte da minha vida, sempre curti todas as músicas, sempre cantei. Eu tive uma banda de rock! E agora fazer um show solo da banda que eu gosto, é muito legal.
No que a vida de Freddie Mercury se relaciona com você? Eu tenho uma admiração por ele ser revolucionário. Eu sempre faço um parâmetro dele com o Ney Matogrosso, desde o timbre da voz, os dois têm um tom mais agudo, até ter que esconder quem ele era.
Como se dá essa ressignificação da figura do ídolo, misturando-se a ele? Eu referencio ele, não é um cover. É um show encenado, bem bonito. Vai ser uma sequência musical reverenciando a banda. Eu faço uma coroação no palco. Uso uma saia, relacionando com a palavra queen mesmo – que agora não é mais né? É king, mas o roteiro já estava pronto. Vamos dizer que eu vou do branco ao preto, bem dos primórdios da banda.
E como está sendo essa nova fase como pai? Está sendo incrível. Eu estou muito feliz mesmo. Fiquei surpreso na hora, embora a gente já quisesse, veio de uma maneira inesperada. Mas estamos muito felizes.
Aos 53 anos, os desafios da paternidade são maiores? Sim. Sinto que agora é o momento em que estou pronto para ser pai. Sempre questionei por trabalhar com arte, ter uma carreira instável e tudo mais. Mas a ideia sempre me rodeou a cabeça. Agora eu olho e me sinto seguro, mais estável emocionalmente também. Com mais idade você entende mais como a vida funciona. E é tempo de vida!
Pensando em futuro, em eleições, o que você espera para o segundo turno? Espero que a empatia vença, que o amor vença. Voto pela cultura, pela educação, pelo amor. Agora eu e Claudia preferimos não falar em nomes de candidatos. É um momento delicado pela gravidez, estamos no olho do furacão. E não queremos atiçar a ira das pessoas. Mas eu luto pela cultura e pela vida.