Com a estreia da releitura de Elas por Elas, ao menos um personagem icônico mexeu com a nostalgia do público mais velho: Mário Fofoca, agora interpretado pelo ator Lázaro Ramos. O detetive atrapalhado, assim como fez em 1982, na novela criada por Cassiano Gabus Mendes, precisa resolver seus casos aos trancos e barrancos. A última novela de Lázaro foi em 2014, quando fez Geração Brasil. A seguir, o bate-papo do ator com a coluna.
Foram nove anos sem fazer novelas. O que mudou? Eu não sei o que mudou nas novelas… O maior valor é o encontro dos atores e atrizes. Me remete muito ao teatro. Estou me alimentando justamente desse gênero em Elas por elas, é uma novela que voltou a não ter a quarta parede e está acreditando muito na relação dos atores quando se encontram em cena. Essa novela tem isso diferente, que eu já estou achando muito legal. Todas as cenas são um exercício quase físico.
Gravação de novela altera muito sua rotina? Já mudei minha rotina de saúde por causa da novela, comecei (a gravar) e não estava tendo fôlego. Alimentação, atividade física, andando de bicicleta, também voltei para o boxe para resistir, é uma maratona mesmo.
Está conseguindo conciliar alguma outra coisa? A literatura é meu lazer na pausa. Estou escrevendo meus livros infantis, fazendo Na Minha Pele Dois, tentando finalizar. Literatura tem sido um paralelo agora.
Você e Deborah Secco já fizeram outras parcerias na TV. É mais fácil assim? A gente contou outro dia, foram dez trabalhos, ela é a atriz com quem mais contracenei na vida. A gente sempre tem muito prazer, se diverte… Estamos descobrindo outras maneiras de nos encontrar em cena.
Você chegou a morar há alguns meses num hotel enquanto sua casa estava em reforma. Como foi isso? Alguém descobriu e fez a fofoca (risos). Foi só uma semana no hotel para poder me mudar. Não teve nada demais, fomos eu e minha família, mas já voltamos para casa, está tudo em ordem.
E em casa, como se organiza? Como a Taís (Araújo) não está em novela, a gente tá conseguindo revezar um pouquinho, né?