Estridente opositor ao isolamento social e ao governador João Doria, o empresário Paulo Kogos se diz vítima de ataques. Após a veiculação de uma entrevista no site de VEJA, a reportagem recebeu denúncias de que ele teria sido expulso do Club Athletico Paulistano, o mais elitista do Brasil — onde título e transferência saem por 500 000 reais. Kogos nega. Ele confirma uma quizumba, mas em termos muito mais brandos. “Na verdade, tomei advertência verbal por me envolver em uma briga de torcida de futebol”, explica. E como foi a briga? “Empurrei daqui e fui empurrado dali, nada demais. estávamos na torcida, não em campo.” O caso foi em 2016. Procurado por VEJA, o Paulistano respondeu por meio de nota: “não divulgamos assuntos disciplinares de associados”.
Expulso, de fato, ele foi do Twitter: a rede social cancelou seu perfil por julgar impróprio o conteúdo de suas postagens. “Basta que a pessoa seja de direita, conservadora, cristã ou simplesmente defenda o livre mercado, a pessoa se torna vítima de um massacre de reputação”, explica ele. No Paulistano, cujas intrigas circulam mais rápido do que fofoca em cidade do interior, Kogos não passa incólume. Parte dos associados foi contra a palestra sobre armas nucleares. Houve grita com a direção da entidade, mas o evento aconteceu.
Ao contrário do que foi especulado, de que mentiria sobre ter formação superior, o Insper confirmou a VEJA que Kogos graduou-se em administração de empresas. “Também cursei pós-graduação em economia no Mackenzie e estou no segundo ano da graduação de filosofia no Mosteiro de São Bento, em São Paulo”, conta. Ao participar de manifestações contrárias ao isolamento social e fazer vídeos estridentes, em que parece estar em transe, Kogos tem ganhado alguma projeção — positiva e negativa. Ele se diz visceralmente contra a política partidária e nega interesse em disputar uma eleição. “Sou um ativista da antipolítica. Quero ser professor de filosofia.”
Kogos defende-se de quem o chama de “maluco”: “eu estudei um ano no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, em 2005, sou aspirante a oficial de reserva da arma de comunicações. O exército tem um exame de psicotécnico muito severo, se eu fosse maluco ou doido como falam não teria sido aprovado.” Filho da dermatologista Lígia Kogos, o homem de 32 anos refuta o apelido de “príncipe do Botox”: “nunca apliquei, só fiz limpeza de pele.”