Outubro Rosa: médica oncologista ressalta cuidados com câncer de mama
Sabina Aleixo falou com a coluna GENTE sobre os fatores para o dignóstico precoce
O Outubro Rosa marca o mês da conscientização sobre o câncer de mama. Este que é o tipo de câncer mais incidente entre as mulheres do Brasil. Segundo o INCA, Instituto Nacional do Câncer, a estimativa para 2024 é a ocorrência de 73.610 novos casos. Nesse sentido, um importante aliado nas chances de cura é o dignóstico precoce. A coluna GENTE conversou com a médica oncologista Sabina Aleixo sobre a periodicidade dos exames e os sinais de atenção. Ela é Diretora Técnica do Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim – ES, além de ser Diretora e Investigadora Principal do Centro de Pesquisa Clínica em Oncologia (CPCO), também no Espírito Santo.
Qual a importância de um mês dedicado à conscientização sobre o câncer de mama? O Outubro Rosa tem uma importância crucial na conscientização sobre o câncer de mama, ajudando a promover a detecção precoce, que é um fator decisivo para aumentar as chances de cura. Esse mês dedicado à causa reforça a importância de um olhar atento para a saúde da mulher, criando um espaço para disseminar informações confiáveis sobre a doença, desmistificar o câncer de mama, e sensibilizar a sociedade para a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento. Além disso, a campanha também visa dar visibilidade a temas como apoio psicológico, suporte a pacientes e avanços nas pesquisas.
Qual a rotina ideal de cuidados em relação ao diagnóstico precoce da doença? De quanto em quanto tempo realizar exames? Em qual idade ficar mais atenta? A rotina de cuidados deve começar com o acompanhamento regular de um médico, que orientará com base no histórico pessoal e familiar. De maneira geral, recomenda-se que a mamografia seja realizada no mínimo a cada 2 anos a partir dos 50 anos (recomendação do Ministério da Saúde), mas devido a incidência em mulheres abaixo dessa faixa etária, as sociedades médicas têm recomendado exame anual a partir dos 40 anos de idade. Para mulheres com histórico familiar de câncer de mama, o rastreamento pode ser iniciado antes, conforme orientação médica. Além disso, é importante estar atento a sinais como alterações no formato ou sensibilidade das mamas, nódulos, retração de pele, mudança de pele (aspecto em casca de laranja), inversão de mamilo, secreções ou nódulo (íngua) em região axilar.
Como realizar o autoexame? De quanto em quanto tempo? O autoexame das mamas deve ser feito mensalmente, de preferência de 7 a 10 dias após o início da menstruação, quando os seios estão menos sensíveis e inchados. Para mulheres na menopausa, escolher um dia fixo do mês é uma boa estratégia. O autoexame pode ser feito em frente ao espelho, em pé ou deitada, e envolve a observação e a palpação das mamas em busca de nódulos, alterações de tamanho ou forma, e secreções. Vale ressaltar que o autoexame não substitui a mamografia e as consultas médicas regulares, mas ajuda a mulher a conhecer o próprio corpo e a identificar mudanças precoces.