Lewis Hamilton, 39, chocou o mundo da F1 no início do ano ao anunciar que deixaria sua equipe de longo prazo, a Mercedes, pela sua rival mais famosa, a Ferrari, no início da temporada de 2025. Nesse momento de mudança, o atleta já reflete sobre quando vai parar de competir. “Falei com tantos atletas incríveis, de Boris Becker a Serena Williams; falei até com Michael Jordan. Conversei com esses grandes nomes que estão aposentados, ou alguns que ainda competem, sobre o medo do que vem a seguir, a falta de preparo para isso. Muitos disseram que pararam muito cedo, outros que ficaram tempo demais. Ou ainda: ‘Quando tudo acabou, eu não tinha nada planejado’ e ‘Meu mundo inteiro desabou porque vivi toda a minha vida em torno desse esporte’. Quando entrei na Fórmula 1 era acordar, treinar, correr, correr, correr, nada mais. Não havia espaço para mais nada. Mas o que percebi é que apenas trabalhar o tempo todo não traz felicidade, e você precisa encontrar um equilíbrio. Na verdade, eu estava muito infeliz. Faltava tanta coisa, eu era muito mais do que aquilo. Foi uma loucura, porque pensava: estou na Fórmula 1, alcancei meu sonho e me vejo onde sempre quis estar, no topo; estou lutando pelo campeonato. Mas não senti prazer naquilo”, disse para a GQ Brasil.
Nesse contexto, Hamilton começa a planejar a vida pós F1, com paixões que cultiva e investe ao longo de sua trajetória. Quando começou a viajar para Los Angeles, acabou exposto a pessoas criativas de indústrias criativas. Essas viagens deram início a uma nova temporada de autoexpressão, a começar pelo cabelo, tatuagens e joias; depois, pela música, moda e cinema. Entre os projetos paralelos mais importantes está um filme de Hollywood com grande orçamento que ele produz ao lado de Brad Pitt e da equipe que fez Top Gun: Maverick. “Sinto que meu trabalho tem sido tentar apontar o que não cola. ‘Isso nunca aconteceria. Seria assim.’ Apenas dando-lhes conselhos sobre o que realmente é o esporte e o que atrai ou não um fã”, contou a publicação. Na música, gosta de se reunir com artistas, fora das épocas de corrida, e compor projetos autorais. Já na moda, pensa alto: “Honestamente, um dos meus sonhos é criar a minha própria, e diversa, LVMH [holding francesa da Louis Vuitton]. Não sei se vivemos em um momento no qual isso é realmente possível. Mas isso é algo em que venho pensando”.