Ludmilla, 27, abriu o coração e falou sobre carreira e vida amorosa em recente evento no Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que ela subiu a um palco não para cantar, mas para palestrar. Visivelmente nervosa, a cantora revelou os medos de assumir a homossexualidade, que descobriu quando tinha 16 anos, quando começava a ser conhecida como MC Beyoncé. “Comecei a me relacionar com mulheres com 16 anos. Depois que fui uma vez, gostei e não parei mais. Mas não era anônima, que ia lidar com isso entre família e amigos. Ia lidar com o Brasil inteiro. Tinha muito medo do que iam pensar, até porque não era comum no meio do funk. Ouvia das pessoas que ninguém podia saber disso, senão minha carreira ia acabar. Mas eu falava dentro de mim: ‘Você precisa se libertar’. Não ia a festas, porque tinha medo, não ia a eventos com a Bruna. Não conseguia ser eu”, disse ela, citando a atual esposa, Bruna Gonçalves, 31, com quem tornou público o relacionamento.
Além disso, a cantora esclareceu por que não fechou contrato com a Roc Nation, gravadora do rapper Jay-Z. “Nunca tope algo que não esteja conectado com o que você quer no momento. E por isso não fui fazer logo carreira internacional sem estar preparada, preciso estar pronta para esse novo nível”, pontuou. Ela também falou sobre as lutas diárias que precisou enfrentar por ser mulher num ambiente bastante masculinizado. “Foi uma caminhada muito difícil, mas tive a sorte de ter minha família comigo. Às vezes acontecia de chegar no camarim e tinha cinco homens e eu. Imagina os assuntos deles. E eu pensava: ‘Meu sonho é ter um camarim só meu’”.
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