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O relato de roteirista do ‘Vai que Cola’ sobre assédio diário dos atores

Humorístico do Multishow passa por crise nos bastidores; atriz se manifesta

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 22h35 - Publicado em 24 ago 2023, 13h54

O roteirista Daniel Porto veio a público manifestar apoio ao colega Andre Gabeh, que denunciou o clima de pressão nos bastidores do Vai que cola, do Multishow, que culminou com o pedido do elenco por sua demissão. Daniel diz: “O desdenho e o assédio moral com nossos textos era diário e na nossa cara. Era direto, ofensivo e cruel”. Em carta aberta divulgada no LinkedIn, ele conta que ficou quatro anos no programa, e recebia 5 mil reais por episódio, na função de redator final. Sem citar nomes, diz que todos do elenco tinham comportamento tóxico com a equipe de criação. A seguir, seu desabafo:

“Os quatro anos que fiquei no Vai Que Cola me trouxeram a oportunidade de escrever para a TV. Um jovem de São Gonçalo escrevendo um programa sobre o subúrbio. Porém o preço que paguei foi caro: Um BURNOUT digno de uma internação psiquiátrica, depressão e crise de ansiedade como presente pelo ASSÉDIO MORAL que era feito diariamente pelos atores e equipe de criação aos roteiristas. Foi quando em 2022 decidi que iria deixar o programa. Não importasse a dificuldade financeira que isso me acarretaria. Aliás, financeiramente o salário é tão desrespeitoso quanto o tratamento que é dado aos roteiristas. Não importa seu currículo, um roteirista recebe entre 5/6 mil reais por mês para escrever aproximadamente 10 episódios do programa, e nem um centavo a mais pelas inúmeras reexibição do programa na TV. Já o Redator Final, meu caso, recebe 5 mil por episódio. E a sobrecarga de ter que reescrever o mesmo inúmeras vezes com as demandas mais loucas que vem do canal, dos atores, do departamento de figurino e tudo mais em prazos insanos. Foram madrugadas e madrugas acordado para reescrever episódios inteiros porque os atores diziam na véspera que não iam gravar, enquanto seus salários gordos caiam na conta sem a menor preocupação e respeito com o trabalho alheio. O desdenho e o ASSÉDIO MORAL com nossos textos era diário e na nossa cara. Era DIRETO, OFENSIVO E CRUEL. Todo mundo sabia, a estrutura inteira do programa sabia e nós ficávamos vendidos tentando nos defender da maneira que nos cabia. Os nomes citados na carta são poucos. TODOS DO ELENCO, DIGO, TODOS DO ELENCO tinham comportamento TÓXICO conosco, em maior ou menor grau. Demorou muito para que isso se tornasse público. Sempre ficamos com medo de nos expor e perder futuros trabalhos como roteirista, que são cada vez mais escassos. Demorou muito para que o pedido de socorro da equipe viesse. Demorou muito para que o óbvio fosse dito. Muito amigos se desgastaram muito emocionalmente e psicologicamente por causa dessas pessoas. Obrigado André Gabeh pela coragem de dizer algo. Me solidarizo e compartilho meu relato para dizer que você não está sozinho nessa”.

Cacau Protásio se manifestou nesta quinta-feira, 24, em suas redes sociais sobre a denúncia com o elenco. Ela diz: “Sou funcionária da Rede Globo há mais de 11 anos (sendo 11 temporadas do Vai Que Cola). Como qualquer outro funcionário da empresa eu não tenho o poder de demitir e nem de admitir ninguém, a Rede Globo e o Multshow são duas empresas grandes e só elas podem tomar qualquer decisão em relação ao assunto. Eu jamais ‘tirei trabalho’ de ninguém, pelo contrário, além de atriz sou empresária e emprego diversos funcionários em minhas lojas. Quem convive comigo sabe o quanto eu respeito e trato todos que estão a minha volta com igualdade, e muito respeito. (…) Em uma produção, cada peça exerce sua função e seu papel. No caso específico dos roteiros, recebemos antes das gravações e neles não constam os nomes dos autores de cada episódio. É normal que ocorram adaptações por parte dos atores, para que possam ficar dentro da nossa embocadura”.

 

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