Às voltas com a estreia de Vai na Fé, a nova trama global das 7, Elisa Lucinda, 64, conta que, outro dia, recebeu inesperada visita quando autografava seu livro de poesias. Era sua amiga de toda a vida, Regina Duarte, que se infiltrou na fila com o rosto coberto por máscara, lenço, óculos e chapéu. A razão é que as duas não se falavam desde os tempos em que Regina assumiu a Secretaria de Cultura no governo Bolsonaro, em 2020. “Não a reconheci e disse: ‘Minha senhora, precisa esperar sua vez’.” Só aí se deu conta de quem se tratava, as lágrimas começaram a cair imediatamente. “Ela me entregou o texto de uma peça para fazermos juntas, mas prefiro não me aproximar de alguém que luta por um país no qual não acredito”, afirma Elisa. Restou a Regina pôr a peça na bolsa e sair de fininho.
Publicado em VEJA de 18 de janeiro de 2023, edição nº 2824