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O que motivou Fernanda Nobre a expor que tem uma relação aberta

A atriz é casada com o diretor José Roberto Jardim

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 mar 2023, 12h00

Fernanda Nobre, 39 anos, assumiu recentemente que mantém uma relação aberta com o marido, o diretor e encenador artístico José Roberto Jardim. Em 2017 ela fez participação na novela A Lei do Amor; e em 2018 atuou na novela Deus Salve o Rei. Em conversa com a coluna, a atriz explica as consequências de ter “aberto” o assunto íntimo publicamente.

Por que resolveu falar de seu casamento aberto na mídia? Falei por uma questão política mesmo, porque a monogamia é opressora para nós mulheres. A gente passa anos e anos fingindo que acredita nisso. Só que os homens, não estou generalizando, mas a maioria dos homens já vive relacionamentos abertos na hipocrisia. Então na verdade eu falei do meu posicionamento político, porque é mais uma forma que eu estou lidando com a minha vida pública, para mostrar que as mulheres têm que desconstruir esse lugar que foi colocado para elas.

Como foi a repercussão? Outras mulheres vieram me falar sobre isso, sentiram as portas abertas. Isso já é muita coisa, então hoje somos várias falando, gente que já vivia esse modelo de relação e não falava… Por medo do moralismo.

Não teve críticas? Óbvio que recebo muita crítica, mas são de pessoas que não entendem o que estou dizendo, não entendem que é uma questão política. Minha vida não é uma festa sexual, tenho uma vida muito regrada com meu marido, mas a gente é aberto politicamente. Por um conceito de não hipocrisia e de diálogo entre nós.

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E como ficou a relação de vocês depois de toda essa exposição? A gente é super quieto, é muito fechado em nós dois, muito apaixonados. Mas é um posicionamento entre nós para não ter mentiras, não tem hipocrisia. Desejo todo mundo tem, as coisas vão acontecer, a gente só não pode ficar fingindo que não existe. Principalmente para nós mulheres, porque é muito fácil para os homens lidar com isso.

Por que acha isso? Historicamente, nossos avós transavam com as mulheres do trabalho, colocavam essas mulheres que eles tinham relações num lugar objetificado, e a mulher para casar que estava em casa cuidando dos filhos, essa era monogâmica, fiel, do lar. O homem não tinha a mesma relação sexual que tinha com a outra. Está tudo errado para os dois lados, para a mulher que fica em casa, do lar, que não está vivendo experiências, e para essa mulher que está sendo objetificada por um lugar de desejo.

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