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O jogador alinhado com a esquerda, tema de novo projeto de Walter Salles

Capitão da seleção na década de 80, Sócrat4es manteve voz ativa contra a ditadura e a favor das causas sociais

Por Giovanna Fraguito 13 abr 2025, 10h00

Walter Salles, diretor do ganhador do Oscar Ainda Estou Aqui, deu detalhes recentemente sobre seu novo projeto cinematográfico: uma série documental sobre o ex-jogador de futebol Sócrates (1954-2011). Segundo o cineasta, a expectativa é que a produção seja finalizada ainda este ano. A produção contará a trajetória do atleta desde sua infância em Ribeirão Preto (SP), até se tornar ídolo do Corinthians e da seleção brasileira, com a qual disputou as Copas do Mundo de 1982 e 1986.

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, que tem o nome inspirado no filósofo grego, nasceu em Belém do Pará, mas mudou-se logo cedo com sua família para Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Foi na cidade que ele começou a jogar bola e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), algo incomum entre jogadores profissionais até hoje.

Dividindo seu tempo com os estudos de medicina, só se profissionalizou no futebol aos 24 anos. Em 1978, foi para o Corinthians, onde viveu sua era de ouro. Pelo clube, foi tricampeão paulista (1979, 1982 e 1983) e marcou 172 gols em 297 jogos. Jogou também pelo Fiorentina, da Itália, Flamengo e Santos. Fez parte da Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986, liderando uma das equipes mais adoradas da história, apesar de não ter conquistado o título.

Fora de campo, participou da campanha Diretas Já (1983–1984) e foi um dos principais idealizadores do movimento Democracia Corinthiana (1982–1984). Com uma nova gestão que buscava reerguer a equipe, um modelo revolucionário foi proposto: o clube seria gerido através da escolha coletiva de seus jogadores e funcionários. Dessa forma, a escolha de quem seria titular, as contratações, além de escolhas estruturais e pontuais do clube, eram decididos por votos. Além de Sócrates, outros jogadores politizados lideraram o movimento, como Walter Casagrande e Wladimir. Este modelo tinha um grande simbolismo externo. Em plena ditadura, o movimento que pregava democracia em suas ações também pedia as Diretas Já, que permitiria a população a escolher novamente seus representantes no governo. Por suas atividades e opiniões políticas, Sócrates chegou a ser “fichado” pelos militares.

Sócrates morreu em dezembro de 2011, aos 58 anos, vítima de complicações decorrentes de uma série de problemas hepáticos relacionados ao alcoolismo. Seu irmão, também ex-jogador, Raí é mestre em políticas públicas pela universidade francesa Sciences Po.

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